Quando, nos inícios dos anos 80 e por desafio do meu orientador, o Prof. José Adriano de Carvalho, iniciei a minha investigação na Faculdade de Letras da Universidade do Porto, primeiro para me submeter às "provas de aptidão pedagógica e capacidade científica" que teria de realizar na qualidade de "assistente estagiária", depois para a preparação do doutoramento sobre "o tema do casamento na literatura e cultura portuguesas da Época Moderna", estava longe de imaginar a vastidão e o potencial deste desafio. Sobretudo, não intuía então, nos meus vinte e poucos anos, que essa investigação me conduziria, muito rapidamente, para uma irreversível perspetiva de reconhecimento e valorização da força dialogante e complementar das culturas e literatu...