MANIFESTAÇÃES CLÍNICAS E DIAGNÓSTICO LABORATÓRIAL DA LEUCEMIA MIELOIDE AGUDA (LMA)

A leucemia mielóide aguda (LMA) é uma neoplasia maligna, de origem desconhecida que acomete células hematopoiéticas, podendo ser influenciada por fatores genéticos e ambientais. Representa cerca de 80% de todas as leucemias no mundo e acomete todos os indivíduos, embora a idade mais prevalente seja acima dos 55 anos. Caracteriza-se pela proliferação anormal de células progenitoras da linhagem mielóide, resultando em aumento do número de blastos, que se acumulam na medula óssea, interferindo na produção normal de outras células sanguíneas, causando diversas manifestações clínicas; as principais são compostas por uma tríade: palidez cutaneamucosa, febre com quadro típico infeccioso e hemorragia. O processo neoplásico pode acontecer em qualquer célula da linhagem mielóide, classificando a LMA em oito subgrupos morfologicamente distintos: LMA M0 a M7. A Organização Mundial da Saúde (OMS) modificou os critérios de diagnóstico do French American British (FAB), que utilizava somente investigações citomorfológicas, citoquímicas e imunofenotipagem, incluindo as análises citogenéticas e moleculares que permitiu distinguir e definir os subtipos de leucemias, sendo de extrema importância para um bom prognóstico e para a redução de falhas no tratamento. O diagnóstico surge a partir da suspeita clínica, sendo confirmado por exames laboratoriais de sangue periférico e aspirado da medula óssea. Embora a morfologia seja fundamental para o diagnóstico, as técnicas adicionais são ferramentas complementares obrigatórias para determinar o diagnóstico e conduzir ao tratamento adequado. O objetivo deste estudo foi descrever as manifestações clínicas da LMA e os métodos laboratoriais empregados no diagnóstico desta patologia, dando ênfase na impotância do conhecimento da sintomatologia para direcionamento dos métodos a serem utilizados. Trata-se de uma revisão bibliográfica do tipo descritivo, realizada a partir de consultas na literatura especializada, disponíveis nas seguintes bases de dados: MEDLINE, LILAC, SCIELO. Foram considerados 10 artigos na língua portuguesa e inglesa publicados nos últimos 10 anos, sendo utilizados como critério de exclusão: estudos com títulos não relacionados diretamente ao tema da pesquisa e artigos mais antigos. Conclui-se que o conhecimento das manifestações clínicas da LMA é de extrema importância para direcionar a solicitação de métodos laboratoriais, auxiliando no diagnóstico precoce da LMA, possibilitando um bom prognóstico, acompanhamento, tratamento e possível cura dos pacientes portadores dessa patologia. Entretanto é importante ressaltar que, apesar dos avanços na área da onco-hematologia ainda se faz necessário o investimento em pesquisas para aprimoramento de técnicas de diagnóstico, uma vez que ainda se mantém elevado o número portadores da LMA