AS MANIFESTAÇÕES BUCAIS DA COVID-19: DO DIAGNÓSTICO AO ISOLAMENTO

O surgimento de casos de pneumonias virais em dezembro de 2019 desencadeou, em um curto intervalo de tempo um surto viral global. O patógeno responsável pela pandemia da COVID-19 recebeu o nome de novo coronavírus 2019 (SARS-CoV-2). As características clínicas e epidemiológicas do paciente são fundamentais para a identificação da infecção, embora uma grande diversidade de manifestações clínicas tenha sido destacada na literatura, com grande variabilidade individual. Algumas dessas características têm sido destacadas como patognomônicas da infecção pelo SARS-CoV-2 e indicativas para a realização dos testes diagnósticos disponíveis bem como para controle da dissipação da doença através do isolamento social, dentre elas destaca-se os distúrbios do paladar. Além dos distúrbios gustatórios outras manifestações orais da COVID-19 têm sido relatadas na literatura tais como: a sialodenite aguda e crônica e lesões ulceradas e/ou vesiculobolhosas na mucosa de revestimento e no palato. Embora ainda não exista respaldo científico para possíveis tratamentos que sejam eficazes contra os distúrbios gustatórios, a remissão destes sintomas geralmente transcorre nas primeiras duas semanas após a recuperação da doença, portanto cabe aos Cirurgiões-dentistas (CDs), como profissionais da saúde, identificarem alguns desses sinais patognomônicos da doença e recomendarem o isolamento social dos pacientes. Os tratamentos eletivos devem ser adiados durante o período infeccioso do paciente e cabe aos CDs essa orientação