LUTO E PANDEMIA: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA

O trabalho trata-se de uma atividade avaliativa da disciplina de Praticas Integrativas II, ministrada pela professora Cândida Maria Farias Câmara, do curso de Psicologia da Unicatólica Quixadá, tem como meta, desenvolver as capacidades das práticas de intervenção no campo da psique humana. A intervenção, tem como temática o Luto e a Pandemia, um tema atual, influente na vida cotidiana das pessoas do séc. XXI. A crise de saúde pública causada pelo vírus Covid-19, que ocasionou muitos enlutamentos, tornando-se um período que visibilizou a morte e intensificou a percepção sobre o luto, e especialmente, o enlutado. A Covid-19 alterou as estruturas sociais, econômicas, psíquicas de forma nacional e internacional, principalmente, a realidade subjetiva de cada indivíduo. Esse projeto tem como objetivo buscar refletir como a pandemia influenciou direta e indiretamente os sentimentos de luto e/ou perda, e como os estudantes representam esses sentimentos. A ação, ocorrerá na Escola Profissionalizante Maria Cavalcante Costa de Quixadá, com os adolescentes secundaristas, na primeira semana de novembro de 2021. O luto é um estado de transição necessário para que a pessoa enlutada possa trabalhar a perda sofrida, processar as informações e adaptações a uma nova vida sem aquele objeto. Como também essa transição é elaborada no tempo de cada sujeito, com o retorno ao cotidiano, mas não se estabelece em um estado permanente e patológico de tristeza. Tão importante quanto os que se vão, são os que ficam sendo estes, os parentes, amigos e amores, restando a estes a saudade e o mergulho em seu próprio luto, que pode vir a expressar das mais diversas formas, através da raiva, do ressentimento, da tristeza, em um embaralhado de emoções. É justo a quem perde um companheiro de anos espera-se vivenciar a dor, a tristeza e o abandono, porém é sensato compreender que essa pausa não pode se tornar permanente, tendo em vista que o luto é um processo pelo qual precisa-se vivenciar para que voltem as relações com o mundo, mas espera-se que esse tempo não se desenvolva para possível sofrimento patológico. Como metodologia será utilizada o modelo da roda de conversa, com discussões abertas, para os alunos expressarem suas opiniões de acordo com as pautas levadas na sala de aula, tornando conscientes conteúdos reprimidos, porém, as omissões da fala, também serão respeitadas, visto que não-expressão também é uma forma de manifestar-se. Vamos realizar uma divisão de três encontro com as turmas do 1°, 2° e 3° ano do ensino médio. Respectivamente três encontros por ano escolar, duração de 1 hora por intervenção, no qual será trabalhado os cinco estágios apresentados por Elizabeth Kubler-Ross em sua obra “Sobre a morte e o morrer”, são elas respectivamente, a negação, a raiva, a barganha, a depressão e a aceitação, e organizaremos as pautas dos encontros como dispostos na ordem da obra de Kubler-Ross. O projeto ainda está em andamento, no entanto, os resultados esperados serão as exposições dos sentimentos através da fala e da escrita na dinâmica de processamento do luto