A SUBJETIVIDADE DA MULHER E O PROCESSO DE CURETAGEM

Este trabalho se originou de uma atividade de intervenção da disciplina: Práticas Integrativas no sétimo semestre do curso de Psicologia. Esta disciplina compõe o currículo como uma das atividades práticas, com a proposta de que, sob o acompanhamento de um docente, os alunos façam um estágio, aliando o saber teórico com a prática, em instituições parceiras. O objetivo desta pesquisa, portanto, é apresentar alguns sentimentos e percepções de mulheres que vivenciaram o procedimento de curetagem em um hospital, respeitando cada processo de dor e sofrimento, bem como intervenções práticas que a psicologia favorece para dar suporte a tal demanda. Disso, pode-se citar ainda como objetivos específicos: Auxiliar o trabalho do profissional de psicologia diante da grande demanda, promover educação em saúde para as pacientes, e dar suporte aos familiares, que também participam à sua maneira, de um sofrimento e frustração de expectativas. O período de realização da intervenção aconteceu de fevereiro a junho de 2019. Os encontros possuíam temas diferentes, planejados para acontecer no próprio quarto das pacientes. Os resultados alcançados com essa prática de intervenção colaboram para uma mudança no olhar dos estudantes que aplicaram tal prática, sobre o fazer psicologia, bem como uma mudança na vida das pacientes que receberam a intervenção e tiveram seu sofrimento amenizado. Sobre uma visão de totalidade da mulher, pôde-se trabalhar de forma eficaz com as intervenções da prática, pois o saber psicológico contribui para mediação de um sofrimento que perpassa o corpo, mas vai além, toca a alma humana. Considera-se, portanto, que as práticas de observação e intervenção dos estudantes de psicologia facilitaram uma visão mais completa de como o profissional psicólogo deve agir e até como não agir, diante de situações de saúde tão complexas como é o caso de mulheres em processo de curetagem. E, também, que mais trabalhos precisam ser desenvolvidos, visto que, o tema envolve questões bastante complexas e tocam partes multifatoriais, como as famílias das pacientes, o contexto social, a rede de saúde, entre outras