ATUAÇÃO DO FARMACÊUTICO NA VISITA MULTIPROFISSIONAL EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA: RELATO DE EXPERIÊNCIA

O conceito de equipe com seus princípios implica na ampliação de uma visão coletiva, em que é necessária a coerência de propósito, a sincronização e a continuidade da ação. Na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) o trabalho com pacientes críticos de cada categoria com técnicas e conhecimentos são adotados em tempo hábil, assim o farmacêutico é habilitado a avaliar a farmacoterapia somado aos fatores relacionados à saúde do paciente, dentre psicológicos, sociais, fisiológicos e patológicos. O estudo tem como objetivo relatar a vivência de residentes farmacêuticos na equipe multiprofissional em uma UTI. Trata-se de um relato de experiência da rotina de residentes farmacêuticos na Unidade de Terapia Intensiva – Adulta da Maternidade Escola Assis, pertencente ao complexo Hospitalar da Universidade Federal do Ceará-UFC. A UTI é composta por quatro leitos, sendo admitidas pacientes obstétricas, ginecológicas e clínicas para monitorização e suporte de complicações, provenientes de todo o Ceará. É destinada a acolher mulheres em estado grave em geral e provenientes de complicações de partos. A equipe é formada por médicos intensivistas, pneumologistas, cardiologistas, endocrinologista, reumatologista e gastrenterologista, enfermeiros, técnicos de enfermagem, fisioterapeutas, farmacêuticos, terapeutas ocupacionais, nutricionistas, psicólogos e assistentes sociais. A discussão diária da visita clínica multiprofissional ocorre com a atuação de cada categoria apresentando sua investigação e apresenta intervenções necessárias para cada paciente. O Farmacêutico apresenta a avaliação da terapia medicamentosa, monitoramento da efetividade, ocorrência de reações adversas e intervenções relacionadas a interações medicamentosas e incompatibilidades. Além disso, é verificado eventos de intoxicações medicamentosas, interações alimentares, doses inadequadas de medicamentos e preparado orientação de alta das pacientes. Após a exposição das informações coletadas durante a visita, são observadas as demandas existentes e cada profissional identifica aquela que se relaciona ao seu núcleo de atuação. Percebe-se maior integração da equipe na assistência ao paciente e conhecimento do mesmo pela partilha dos diversos saberes e olhares e foco da assistência do paciente centrado nas suas necessidades. Com isso, trata-se de uma conduta com tomada de decisão compartilhada desenvolvida pelo trabalho interdisciplinar, contribuindo de forma significativa para a melhora do prognóstico e qualidade de vida das paciente