ATUAÇÃO CLÍNICA DO FARMACÊUTICO NO MANEJO DA POLIFARMÁCIA COM ÊNFASE NO CUIDADO DO IDOSO: UMA REVISÃO DE LITERATURA

Com o aumento da assistência e garantia do bem-estar do paciente, farmacêutico clínico encontra-se com uma percepção mais humanística e voltada ao cuidado, trazendo uma visão ampliada do paciente e suas queixas. A qualidade e estilo de vida da população sofreram variações e como consequências têm-se o aumento da expectativa de vida promovendo a inversão da pirâmide demográfica no Brasil, onde mostra um número significante de idosos. A senescência desencadeia vários transtornos em saúde, sendo estes passíveis de prescrição médica e polifarmácia, onde observa-se ao menos um fármaco desnecessário, que associado a comorbidades os tornam grandes consumidores de medicamentos, podendo causar riscos sérios de toxicidade. Sendo assim, o farmacêutico clinico busca ferramentas que atendam o cenário atual, tendo suas ações empenhadas a identificar problemas relacionados à terapêutica, administração incorreta de medicamentos, automedicação, polimedicação, sendo este último um risco eminente para a saúde, principalmente aos idosos, pois o processo de envelhecimento compila modificações fisiológicas, que podem desencadear alterações farmacocinéticas e farmacodinâmicas, capazes de promover efeitos adversos e colaterais, causando prejuízos a saúde do paciente. O presente estudo tem como objetivo revisar na literatura cientifica os benefícios da atuação do farmacêutico que propiciem a promoção e restauração da saúde dos pacientes idosos que fazem uso de polimedicação e as intervenções farmacêuticas realizadas a esse grupo. Trata-se de um estudo bibliográfico de caráter exploratório-descritivo. Foram levantados 22 artigos publicados nos períodos de 2015 a 2019 nas bases de dados Medline, PubMEd, BVS e Scielo. Estudos que não estivessem publicados na língua inglesa, espanhola ou portuguesa foram excluídos. Foram selecionadas 12 publicações para o desenvolvimento da pesquisa. A garantia de um processo terapêutico de qualidade está na ligação entre farmacêutico e paciente, gerando uma relação de confiança findada na construção de resultados clínicos positivos. Através do acompanhamento farmacoterapêutico, o farmacêutico clínico faz uma avaliação cuidadosa da necessidade dos medicamentos pelo paciente. Nessa avaliação é necessária a análise da efetividade do atual regime medicamentoso do idoso, das interações dos medicamentos e interações medicamento-alimentos e das reações adversas. Através do conhecimento do uso dos medicamentos de maneira segura e racional, o farmacêutico clínico interage com as equipes de saúde e mais efetivamente com os pacientes, aplicando ações educativas para a população geriátrica. Por isso, é de grande relevância o fortalecimento da farmácia clínica para a garantia do sucesso e segurança dos protocolos terapêuticos nos tratamentos dos idosos. Por fim, conclui-se que o farmacêutico tem um papel importante no cuidado ao idoso, particularmente daquele que faz uso de polifarmácia, pois através do acompanhamento farmacoterapêutico pode-se evitar as interações medicamentosas, doses erradas ou exageradas, automedicações, assim como propor medidas não farmacológicas