ANTI-HIPERTENSIVOS E ANTIDIABÉTICOS UTILIZADOS POR PACIENTES ATENDIDOS EM UMA UBS NO SERTÃO CENTRAL

A cada dia aumenta o número de pessoas acometidas por doenças crônicas tanto nacional quanto mundial, e as que estão no topo do ranking são a hipertensão arterial (HA) e o Diabetes Mellitus (DM). Como os hipertensos e diabéticos são tratados com medicamentos onde a maioria na forma de polifarmacoterapia, faz-se necessário a inserção do profissional Farmacêutico neste cenário pela sua habilidade técnica e humanista para prestar o cuidado que esses pacientes necessitam na orientação relacionada ao uso e armazenamento destes medicamentos em suas residências. A pesquisa objetivou verificar o uso e armazenamento em domicilio de anti-hipertensivos e antidiabéticos por pacientes atendidos em uma Unidade Básica de Saúde (UBS) do Campo Novo no município de Quixadá-CE. Para tanto, os pacientes com diagnóstico de HA e DM, maiores de 18 anos foram identificados com auxílio dos Agentes Comunitário de Saúde (ACS). Para coleta dos dados, foi realizada entrevista com aplicação de questionário destacando os problemas relacionados com o uso e armazenamento inadequado dos medicamentos para HA e DM, analisando a maneira que estão sendo armazenados nas residências dos pacientes. Verificou-se que mais de 50% dos participantes da pesquisa desconhecem tanto a HA quanto DM, dessa forma ficando difícil a resolução do problema, já que os acometidos não entendem o que são essas patologias e, 92% dos pacientes alegaram fazer uso crônico de anti-hipertensivos e/ou antidiabéticos, levando em consideração que a rigorosidade no horário da ingestão dos medicamentos é de extrema importância para o sucesso da farmacoterapia sendo que, 60% relataram esquecer de tomar os medicamentos e o fazem em horários diferentes. Contatou-se também que a maioria recebia orientação de como tomar os medicamentos até mesmo pelo próprio Médico, mas em contrapartida, menos de 05 participantes disseram receber orientações de como armazenar os medicamentos em domicilio, resultado disso é que muitos acomodam os anti-hipertensivos e/ou antidiabéticos em locais que ficam expostos a umidade, poeira, calor e até más condições de higiene. Conclui-se que é cada vez mais necessário a presença do Farmacêutico em instituições de saúde trabalhando em conjunto com a equipe multiprofissional para que o paciente tenha uma melhor qualidade de vida no decorrer do tratamento com esses medicamentos