AVALIAÇÃO DA TOXICIDADE ORAL AGUDA DO EXTRATO AQUOSO DE SYZYGIUM JAMBOLANUM – JAMBOLÃO EM CAMUNDONGOS

O uso plantas medicinais tem se tornado cada vez mais conhecida entre a população, porém não se tem comprovação cientifica quanto aos efeitos tóxicos. Essa falta de conhecimento científico sobre reações adversas ou interações, colabora para sensação de segurança por parte da população ao utilizar preparações caseiras. A Syzygium jambolanum, também conhecido como jambolão. Uma planta usada devido diversas finalidade terapêuticas, como: efeito hipoglicemiante, hipotensor, antiflatulento, diurético, antioxidante, anti-inflamatório, antimicrobiano, entre outros. As folhas são as partes mais utilizadas da espécie pelos pacientes. Apesar de haver muitos estudos sobre a efetividade da planta, não há estudos que comprovem sobre dose/quantidade segura, modo de preparo ideal e sobre os possíveis efeitos adversos/tóxicos da espécie. O estudo teve como objetivo avaliar a toxicidade oral aguda do extrato aquoso das folhas de Syzygium jambolanum – Jambolão em camundongos. Tratou-se de um estudo do tipo experimental, descritivo, longitudinal, de natureza quantitativa “in vivo” para avaliar a toxicidade oral aguda do extrato aquoso das folhas de Syzygium jambolanum – Jambolão em camundongos. O primeiro passo foi realizado no laboratório de farmacotécnica, onde aconteceu a preparações do extrato. Em seguida, o experimento foi realizado no biotério do Centro Universitário Católica de Quixadá. O estudo “in vivo” foi realizado com 12 camundongos. Inicialmente antes das administrações, os animais foram deixados em jejum por um período de 3-4h com fornecimento de água al libitum, retornando à ração com 1h após a procedimento. Foram divididos e marcados aleatoriamente em quatro grupos de três camundongos, da seguinte maneira: Grupo I: camundongos administrados via oral extrato aquoso de S. jambolanum (5mg/kg de peso); Grupo II: camundongos administrados via oral extrato aquoso de S. jambolanum (50mg/kg de peso); Grupo III: camundongos administrados via oral extrato aquoso de S. jambolanum (300mg/kg de peso); Grupo IV: camundongos administrados via oral extrato aquoso de S. jambolanum (2000mg/kg de peso). Todos os grupos foram observados durante 14 dias após a administração. Ao final do experimento foi realizado exames para avaliação dos parâmetros hematológicos e bioquímicos. A partir dos resultados obtidos durante o experimento, no qual não se observou alterações comportamentais, peso, no consumo de água e ração e não houve morte, porém nos exames laboratoriais foi observado alterações no hemograma completo, colesterol total, ureia, AST e ALT. Sugerindo então que o aumento da dose utilizada via oral é acompanhada de toxicidade renal, hepática assim como de alterações sanguíneas importantes como plaquetopenia, leucopenia e anemia