Cinema and Transcendence. Xavier Beauvois and Terrence Malick: Two Attempts at Revelation

In Des Hommes et des Dieuxand The Tree of Life, both Xavier Beauvois and Terrence Malick are concerned with values that from the beginning of time to our day have set the human heart wondering and speculating. These issues are brought to their respective films in a distinctive style, which, however, may be closely associated with a common trait in both directors –creative imagination and zest to make the most out of the art of cinema. Their skillful exploration of filmic devices, their invitation to other artistic expressions, namely music and painting, to figure in their films in a signifying role, is tentatively accounted for in this essay, in order to show how a visual narrative, in the case of Beauvois, and an ever-flowing succession of images, in the case of Malick, may contribute to illustrate unsuspected structural and thematic affinities, their remarkable differences notwithstanding.Em Des Hommes et des Dieuxand The Tree of Life, tanto Xavier Beauvois como Terrence Malick se ocupam de valores que, desde o princípio dos tempos aos dias de hoje, trouxeram aos nossos corações o assombro e a especulação. Estes assuntos assumem um estilo específico nos respectivos filmes, que, contudo, pode ser ligado a um traço comum a ambos os realizadores – a imaginação criadora e o gosto de tirar o melhor partido da arte cinematográfica. A artificiosa exploração dos instrumentos fílmicos, o convite a que outras expressões artísticas, nomeadamente a música e a pintura, participem substancialmente a níveis de sentido, são experimentalmente ensaiados neste ensaio, de modo a pôr em evidência o que numa narrativa visual, no caso de Beauvois, e no ininterrupto fluir de imagens, no caso de Malick, pode, apesar das notáveis diferenças entre eles, ilustrar insuspeitadas afinidades temáticas e estruturais