Dottrina sociale della Chiesa e teologia morale

A Unitarian reflection on the contribution that the Church’s social doctrine gives to the whole of moral theology draws its reasoning from the experience of historical relationships gathered in the light of the Word, according to an instance of justice recognised as such on the part of the weakest. The present text focuses on three questions that express the solicitude of the Church’s social doctrine and of present-day moral theology: that of the relation between the individual and the common good, between solidarity and privilege of the weak, between the formation of conscience and structured living. Ever since the ancient Biblical and extra-Biblical ethical and juridical traditions, pressure on the common good and solidarity as decision in pursuit of it are essential references to bring about an understanding of the sense and the fulfilment of living for the individual and for society. Human honesty matures when it consciously pledges its own liberty in responsibility towards the other, in a sincere and objective search for communion. In the word and in the existence of Jesus of Nazareth solidarity becomes recognisable in its sense and in its concrete possibility in this story, as a reality of sharing and of the gratuitous building of reciprocity. This sense needs to be recognised today, in the face of the pluralism that actually marks the world’s reality and in the face of arbitrary economic policies that weigh upon the life of the weakest, obviating the temptation to think of the common good as the sum of resources aimed at the private good of the individual or to speak of solidarity, without reference to the concrete pledge concerning the common destiny of the earth’s resources, to enable access to these on the part of the poorest. With regard to the force of structures that are not easily modified and that consolidate forms of thinking that do not show solidarity, we continue to be entrusted with the interpretation of life present in the Eucharist. The bread and wine, with all that they signify in the system of inter-human relations, are bestowed on us in remembrance of the real bestowal of Jesus, appealing to our consciences and our becoming a believing community in bringing about the life of Christ operating in our own. If the social conditions of our ways of living really do form us, the historical conditions themselves are formed by the fabric of freedom. Solicitude for the formation of consciences has the aim of favouring the personal freedom of each individual and of a form of social living that guarantees better conditions for humanity.Uma reflexão unitária sobre o contributo que a doutrina social da Igreja dá a toda a teologia moral colhe as suas razões da experiência de relações históricas compreendidas à luz da Palavra, segundo uma instância de justiça reconhecível como tal da parte dos mais frágeis. O nosso texto fixa-se em três questões que exprimem o cuidado da doutrina social da Igreja e da teologia moral hodierna: A relação entre pessoa e bem comum, entre solidariedade e privilégio do mais fraco, entre formação de consciência e viver estruturado. Desde as tradições éticas e jurídicas bíblicas e extrabíblicas antigas a tensão para o bem comum e a solidariedade como decisão de buscá-lo são referências essenciais para compreender o sentido e a realização do viver da pessoa e da sociedade. A honestidade humana amadurece quando conscientemente compromete a própria liberdade em responsabilidade face ao outro, na busca sincera e objetiva de comunhão. Na palavra e na existência de Jesus de Nazaré a solidariedade torna-se patente no seu sentido e na sua possibilidade concreta nesta história, como realidade de partilha e de construção gratuita de reciprocidade. Há que reconhecer hoje esse sentido, face ao pluralismo que assinala realmente a realidade mundial e face ao peso de políticas económicas arbitrárias que pesam sobre a vida dos mais fracos, evitando a tentação de pensar o bem como soma de bens orientados para o bem privado dos indivíduos ou de falar da solidariedade prescindindo do compromisso concreto acerca do destino comum dos bens da terra, para a possibilidade de acesso a estes por parte dos mais pobres. No que se refere à força de estruturas não facilmente modificáveis que consolidam formas de pensar não solidárias, continua a ser-nos confiada uma interpretação da vida e da história presente na eucaristia. O pão e o vinho, com tudo o que eles significam no sistema de relações inter-humanas, são-nos confiados ligados ao real entregar-se de Jesus, apelando à nossa consciência e o tornar-se comunidade crente no fazer acontecer a vida de Cristo operante na nossa vida. Se as condições sociais do nosso viver realmente nos formam, as próprias condições históricas são formadas pelo tecido da liberdade. O cuidado com a formação das consciências tem como fim favorecer a liberdade pessoal de cada um e um viver social que garanta melhores condições de humanidade