Um forte que não é um forte, mas uma casa e um museu chamado forte. Patrimônio e memórias na construção de uma história sobre a fronteira sul de Buenos Aires

In this article I analyze the processes of patrimonialization of the Fortín Cuatreros Museum in the Bahía Blanca district (south of the province of Buenos Aires) and the associated historical accounts as processes of construction of local memories and educational resource destined to young people from high school. This museum represents the last of the forts located in the advance of the frontier that guarded the so-called “Zanja de Alsina” in 1876, near the estuary that frontier said city. In this article, the different frameworks that explain the meanings given to the current museum in historical perspective (foundation, patrimonial declarations, reconstructions) are displayed in a first part, in dialogue with the stories of pioneer settlers of the town. In the second, part of an ethnographic work carried out between 2014 and 2018 is taken up with the aim of analyzing the meanings that the CFM recovers when it is visited by students and teachers (scripts, stories from those in charge of the visits, staging of objects). The hypothesis consists in affirming that six frameworks are distinguished that constitute a spatiality of silence that the State systematically built with the objective of justifying the extinction and genocide of indigenous peoples.En este artículo analizo los procesos de patrimonialización del Museo Fortín Cuatreros en el partido de Bahía Blanca (sur de la provincia de Buenos Aires) y los relatos históricos asociados como procesos de construcción de memorias locales y recurso educativo destinado a jóvenes de la escuela secundaria. Este museo representa el último de los fortines emplazados en el avance de la frontera que custodiaron a la llamada “Zanja de Alsina” en 1876, cercano a la ría que bordea dicha ciudad. En este artículo se despliegan en una primera parte, los distintos entramados que explican los sentidos otorgados al actual museo en perspectiva histórica (fundación, declaraciones patrimoniales, reconstrucciones) en diálogo con los relatos de pobladores pioneros de la localidad. En la segunda, se retoma parte de un trabajo etnográfico realizado entre los años 2014 y 2018 con el objetivo de analizar los sentidos que el MFC recupera cuando es visitado por estudiantes y docentes (guiones, relatos de los encargados de las visitas, escenificación de objetos). La hipótesis consiste en afirmar que se distinguen seis entramados que constituyen una red de silencios que el Estado construyó sistemáticamente con el objetivo de justificar la extinción y el genocidio de los pueblos indígenas.Neste artigo analiso os processos de patrimonialização do Museu Fortín Cuatreros no bairro de Bahía Blanca (sul da província de Buenos Aires) e os relatos históricos associados como processos de construção de memórias locais e recurso educativo para jovens do ensino médio. Este museu representa o último dos fortes situados no avanço da fronteira que guardava a chamada “Zanja de Alsina” em 1876, junto ao estuário que faz fronteira com a referida cidade. Neste artigo, os diferentes quadros que explicam os significados atribuídos ao museu atual em perspectiva histórica (fundação, declarações patrimoniais, reconstruções) são apresentados em uma primeira parte, em diálogo com as histórias dos colonizadores pioneiros da cidade. Na segunda, retoma-se parte de um trabalho etnográfico realizado entre 2014 e 2018 com o objetivo de analisar os sentidos que o CFM recupera ao ser visitado por alunos e professores (roteiros, histórias dos responsáveis ​​pelas visitas, encenações de objetos). A hipótese consiste em afirmar que existem seis redes que constituem uma rede de silêncios que o Estado construiu sistematicamente com o objetivo de justificar a extinção e o genocídio dos povos indígenas