Gudjonsson Suggestibility Scale 1 modified based on the Misinformation Paradigm

Dissertação de Mestrado Integrado em Psicologia apresentada à Faculdade de Psicologia e de Ciências da EducaçãoPsychology and law professionals have long considered the problem of suggestive practices in forensic interviews, arguing that these are one of the main causes of inaccuracies in the testimony of eyewitnesses, which put at risk the reliability of human memory and the identifications made by witnesses. The present dissertation focuses on the importance of introducing a modification in the Gudjonsson Suggestibility Scale (GSS) 1, based on the Minsinformation Paradigm. Its justification stems from several studies that indicated that, in addition to asking suggestive questions, exposure to additional information, after an episode witnessed, can also alter the participants' reports. This modification in the GSS would allow an assessment of the interrogative suggestibility closest to real situations, in which there is often an exposure to post-event information. From what is known to date, research results that contemplate the proposed modification to the GSS have not yet been published. Bearing in mind that elderly people are often considered as more susceptible to false memories and can be suggestible, which has consequences for their testimonies as eyewitnesses, this population age group stands out in our study. From the analysis of the literature on the use of suggestive questions and exposure to misleading post event information, it can be said that misinformation can have a variety of effects on witnesses’ reports. Thus, a possible change in responses to GSS 1 (original or modified version) may be due to interrogative suggestibility, memory deterioration and / or individual differences observed in the elderly. An empirical investigation was initiated (not completed due to the pandemic situation we are experiencing), with participants aged between 60 and 75 years, in which the modified GSS 1 was applied, and this study may constitute a starting point for future investigations in this area.Profissionais de Psicologia e Direito há muito que se têm debruçado sobre a problemática das práticas sugestivas em entrevistas forenses, apontando que estas são uma das principais causas de imprecisões nos testemunhos oculares, que colocam em risco a confiabilidade da memória humana subjacente aos depoimentos prestados e às identificações feitas por testemunhas. A presente dissertação centra-se na importância da introdução de uma modificação na Escala de Sugestionabilidade de Gudjonsson (GSS) 1, com base no Paradigma Clássico da Desinformação. A sua justificação decorre de vários estudos terem indicado que, além da colocação de perguntas sugestivas, a exposição a informação adicional, após um episódio presenciado, também pode alterar os relatos dos participantes. Esta modificação na GSS permitiria uma avaliação da sugestionabilidade interrogativa mais próxima de situações reais, sendo que nestas ocorre com frequência a exposição a informação pós acontecimento. Do que se conhece até ao presente, ainda não foram publicados resultados de investigação que contemplem a alteração que propomos. Tendo ainda em conta que as pessoas idosas são, frequentemente, consideradas como mais suscetíveis a memórias falsas e podem ser sugestionáveis, o que tem consequências para os seus depoimentos enquanto testemunhas oculares, destaca-se esta faixa etária populacional no nosso estudo. Da análise da literatura sobre a influência da utilização de perguntas sugestivas e da exposição a informação enganosa pós evento, poderá concluir-se que a desinformação pode ter uma variedade de efeitos nos relatos das testemunhas. Assim, a possível alteração das respostas à GSS 1 (versão original ou modificada) poderá dever-se a sugestionabilidade interrogativa, a deterioração da memória e/ou a diferenças individuais observadas nas pessoas idosas. Foi iniciada uma investigação empírica (não concluída devido à situação pandémica que atravessamos), com participantes com idadescompreendidas entre os 60 e 75 anos, na qual foi aplicada a GSS 1 modificada e que poderá constituir um ponto de partida para futuras investigações nesta área