Consumo de brinquedos: um viés de gênero - Doi: 10.5212/OlharProfr.v.13i2.0004

O presente estudo, de natureza qualitativa, investigou os hábitos de consumo de brinquedos em crianças de quatro e cinco anos em uma escola municipal de educação infantil na zona sul de São Paulo. Utilizando como “pano de fundo” o tema consumo, apoia-se nas discussões de gênero de Linda Nicholson e Joan Scott e, ao tratar de questões de gênero no brincar infantil, em Gilles Brougère. Foram utilizados como instrumentos de coleta de dados questionários abertos e fechados, observação participante e entrevista semiestruturada, no referido estudo de caso. Dos dados coletados apreendeu-se que os pais dos alunos e alunas demonstram estereótipos de gênero na aquisição e uso de brinquedos; todavia, as crianças de quatro anos e de ambos os sexos, durante a observação, brincaram tanto com brinquedos considerados masculinos quanto femininos. O uso dos instrumentos mostrou-se eficiente, contudo aponta-se o tempo exíguo como fator limitante da pesquisa. Novas coletas seriam necessárias com os adultos responsáveis pelas crianças, principalmente com os do sexo masculino, assim como a obtenção de maior número de professores respondentes ao questionário aberto enviado