Estirpes de rizóbio indicadas para a inoculação de Mimosa caesalpiniifolia.

O sabiá (Mimosa caesalpiinifolia Benth.) é uma espécie pioneira de ampla adaptabilidade, com alta capacidade de regeneração e resistência à seca, características que a tornam uma excelente opção para a revegetação e recuperação de áreas degradadas. Ela se associa simbioticamente a rizóbios, porém não há ainda estirpes recomendadas para incrementar a fixação biológica de N2. Dentro desse contexto, avaliou-se o potencial de estirpes de rizóbio para fixarem N em simbiose com sabiá. Rizóbios foram isolados de nódulos de sabiá inoculados com amostras de solos provenientes das regiões Nordeste e Sudeste do Brasil. Os isolados foram autenticados e vinte e um deles foram positivos para nodulação. Estes foram caracterizadas pelo sequenciamento do gene RNAr 16S e inoculados em sementes de sabiá plantadas em vasos de Leonard visando avaliar sua eficiência e eficácia simbióticas. As plantas foram coletadas após 90 dias para determinação do acúmulo de biomassa vegetal e do cálculo de eficiência e eficácia das estirpes. As estirpes foram classificadas em sua maioria nas espécies Paraburkholderia sabiae e P. diazotrophica. Também foram isoladas estirpes de Rhizobium sp. e Trinickia symbiotica. P. diazotrophica foi isolada majoritariamente de plantas inoculadas com solo do Nordeste, enquanto P. sabiae foi mais frequente em solos do Sudeste. As estirpes apresentaram uma ampla variação em efetividade, com destaque para as estirpes BR 13975, BR 13954, BR 13950 e BR 13966, as quais apresentaram eficácia entre 97% e 74% e eficiência de 2890% a 2207%. Todas pertencem à espécie Paraburkholderia diazotrophica e são de diferentes procedências geográficas. Conclui-se que a espécie P. diazotrophica é uma espécie potencial para prospecção de estirpes de alta eficiência para a inoculação do sabiá. As estirpes selecionadas deverão passar pela etapa III de seleção antes de serem definitivamente recomendadas