Neste artigo propomos, em diálogo com a escrita tradutória e a “tradução criativa” de Augusto de Campos em Eu não sou ninguém de Emily Dickinson (2015; 2008b), refletir sobre a natureza inventiva da tradução, a partir do que Jacques Derrida (2006) concebe como tradução, a-traduzir e tarefa do tradutor. Com esta análise, na interface entre os estudos de tradução e a filosofia derridiana, buscamos ampliar a reflexão sobre a concepção de representação na tradução e os processos de invenção/criação da escritura tradutória.In this paper, we propose to reflect on the inventive nature of translation, taking into consideration what Derrida conceives as to-be-translated (2006), as well as what Augusto de Campos (2015; 2008b) calls as “creative trans...