REDE DE TROCAS: DIÁLOGOS ENTRE A UFRJ, A SOCIEDADE E UMA ÁREA DE PROTEÇÃO AMBIENTAL

A articulação de conhecimentos gerados na Universidade mostra-se ainda incipiente, tendo em vista as dificuldades e desafios da Educação Básica no estado do Rio de Janeiro. Quando questões ambientais e espaços não formais de educação somam-se a este quadro, vemos o quanto a Universidade pode contribuir no sentido de dialogar com a sociedade sobre questões chave como a diversidade biológica e a sua preservação agora e no futuro. Neste contexto, o projeto Rede de Trocas tem nos últimos seis anos dialogado, através de trocas de experiências em espaços outros que não o ambiente escolar formal com: alunos de quatro escolas da Educação Básica dos municípios de Niterói e Maricá, alunos de graduação e pós-graduação da UFRJ, professores da rede pública do estado do Rio de Janeiro, professores da UFRJ, coordenadores e guardas-parque e monitores do Parque Estadual da Serra da Tiririca – PESET. Este último espaço tem abrigado inúmeras ações dialogadas na forma de práticas de campo de Ciências e Biologia. Além disso, as atividades didáticas guiadas e produção de materiais que complementam as mesmas, como roteiros de aula, exercícios e jogos, nas áreas de ecologia, evolução, e diversidade biológica tem utilizado como eixo integrador as trilhas interativas do PESET. O projeto também abarca o programa “Ciências nas Férias” que proporciona aos alunos de escolas públicas momentos com atividades de ciências durante as férias das escolas públicas envolvidas. A utilização de uma Área de Proteção Ambiental para o desenvolvimento de diálogos sobre as questões ligadas ao lixo urbano, destruição de áreas naturais florestadas entre outras tem trazido uma nova dimensão aos alunos e professores das escolas do entorno do PESET, bem como aos seus familiares. A visão do PESET como uma área de mato e animais indesejados por parte de muitos moradores vizinhos ao parque tem mudado paulatinamente. Questões ambientais no âmbito da Educação Básica necessitam urgentemente serem discutidas de forma mais aplicada, “ in loco”. Desta forma, entendemos que a UFRJ na continuidade das atividades do projeto dentro de uma unidade de conservação, com escolas públicas do entorno tem contribuído efetivamente para a preservação das mesmas. Área de Proteção Ambiental, Educação Básica, ações dialogadas