APLICAÇÃO DE MÉTODOS GEOFÍSICOS EM ARQUEOLOGIA

Métodos geofísicos podem serem utilizados para mapear artefatos arqueológicos de forma controlada sem que sejam danificados. Dos diferentes métodos como gravimetria, magnetometria, eletrorresistividade e radar de penetração no solo (GPR), o GPR trata-se de um método geofísico de prospecção indireto que se baseia na propagação de ondas eletromagnéticas em altas frequências na ordem de 10 MHz a 2500 MHz para o interior da subsuperfície. Por ser tratar de um método não invasivo e não destrutivo que permite a visualização em 2D/3D do que se encontra em subsuperfície, promove uma maior delimitação da área na qual os objetos se encontram, portanto, reduz consideravelmente o tempo e o risco de danificar os itens durante uma escavação. Nos últimos anos, o método GPR vem sido aplicado progressivamente em levantamentos arqueológicos no estado do RJ, tais como na localização das tubulações do chafariz de Santa Rita e verificação de ossadas no Cemitério Pretos Novos no Centro do Rio de Janeiro. Outro estudo que vem sendo desenvolvido ocorre no Instituto de Arqueologia Brasileira (IAB), localizado na Vila de Sta. Belford Roxo em um sítio controlado onde foram enterrados diferentes artefatos arqueológicos diferenciados em tamanho, forma e propriedade física, para que diferentes antenas do GPR possam ser testadas a fim de que sirvam de padrão de resposta para o método para trabalhos de prospecção, resgate de artefatos, catalogação e posterior uso didático. Para a realização dos estudos foram feitas a pesquisa bibliográfica sobre a arqueologia e o método de Radar de Penetração em Solo. O uso do GPR em Santa Luzia conseguiu verificar os vestígios da tubulação de chumbo que conduzia agua para o chafariz. No Cemitério Pretos Novos algumas anomalias foram identificadas que podem ser um indicativo de ossos fragmentados. E no sítio controlado dentro da área de estudo foram verificados diferentes padrões de curvas hiperbólicas, não sendo possível identificar a forma original e composição do artefato, mas o seu tamanho aproximado e localização. Através da visualização tridimensional (volume) pode ser identificado 4 anomalias, uma em cada extremidade, que correspondem a posição espacial dos artefatos. Os resultados mostram que o GPR tem sido um método geofísico importante na localização de artefatos arqueológicos. Palavras-Chave: gpr; geofísica; arqueologi