Curricularização da extensão: experiência do IFSP - Campus São Paulo

Este relato de experiência objetiva demonstrar como ocorreram os fóruns de curricularização da extensão no Campus São Paulo do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo (IFSP). Diante da Resolução nº 07/2018 do Conselho Nacional de Educação/Câmara de Educação Superior (CNE/CES), que estabelece as diretrizes para a extensão na educação superior brasileira, e da necessidade de atender a estratégia 12.7 do Plano Nacional de Educação (PNE), que visa assegurar o mínimo de 10% (dez por cento) dos créditos curriculares dos cursos de graduação em programas e projetos de extensão, a equipe da Coordenadoria de Extensão (CEX) em conjunto com a Diretoria de Pesquisa, Extensão e Pós-Graduação (DPE) organizaram os fóruns de curricularização da extensão. Uma equipe multidisciplinar composta por assistente em administração, pedagogas, técnico em assuntos educacionais e docente realizou reuniões, palestras e oficinas com a comunidade acadêmica a fim de discutir os marcos legais nacionais e institucionais. Para contribuir no entendimento do processo de curricularização, a equipe trouxe às discussões experiências de curricularização da extensão implementadas por outros institutos e universidades federais, como o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Norte de Minas Gerais (IFNMG), o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte (IFRN), a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e a Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Todas as reflexões compartilhadas nestes encontros contribuirão na construção da resolução interna que será o documento regulamentário inicial na instituição. Nos eventos organizados pela equipe da extensão foi possível observar uma preocupação da comunidade em como efetivar a curricularização nos cursos de graduação, tendo em vista as demandas já existentes, a dificuldade em entender os conceitos que envolvem a extensão, as possibilidades de articulação entre o ensino, a pesquisa e a extensão, a disponibilização de espaços e recursos para que de fato as atividades extensionistas aconteçam atendendo as demandas sociais, a articulação entre os componentes curriculares para que sejam construídos projetos e programas extensionistas. A equipe pôde concluir com os fóruns de discussões que há um longo caminho de construção a ser trilhado, no entanto, as possibilidades são múltiplas e precisarão ser minuciosamente analisadas para que possamos definir as estratégias iniciais de curricularização no campus São Paulo com cerca de 4.500 discentes distribuídos entre os 17 cursos de graduação vigentes, respeitando-se os princípios extensionistas, valorizando a formação integral do estudante e favorecendo um impacto transformador na sociedade