A POLÍTICA DE COTAS DA REDE FEDERAL DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA: AS PERCEPÇÕES DOS ATORES DO PROCESSO ENSINOAPRENDIZAGEM SOBRE A INCLUSÃO DOS INDÍGENAS NOS CURSOS TÉCNICOS DO INSTITUTO DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO ACRE – IFAC

O presente estudo tem como objetivo caracterizar a política de cotas do Instituto de Educação,Ciência e Tecnologia do Acre – IFAC para os povos indígenas na formação técnica, buscandoapreender a partir das percepções dos atores do processo ensino-aprendizagem se essa políticacontribui para a inclusão desses povos. Nessa perspectiva, o estudo se justifica pela escassez deinformação sobre dados e por suscitar questões históricas e econômicas que ao longo do tempocontribuíram para a condição de subalternidade de índios e negros. Como metodologia, adotou-se aabordagem quanti-qualificativa. Baseando-se em autores como Mileski e Faustino (2012), Faustino,Novak e Cipriano (2013), Gaivizo e Reis (2013) e Baniwa (2012), questiona-se a proposta deeducação dos documentos oficiais, que demonstra comprometimento com a tolerância e o respeito,mas, na verdade, mascara as estruturas de poder. Por fim, indica-se como uma das possibilidadespara a abordagem teórica conceber a inclusão educacional dos povos indígenas conforme defendidapor Baniwa (1996). Isto é, como um direito dessas minorias e como um instrumento para ampliaçãode conhecimentos e da cidadania, sem promover o esvaziamento da cultura tradicional.Palavras-chave: Políticas de Ação Afirmativa – Povos Indígenas – Inclusão – EducaçãoProfissional e Tecnológic