DESENVOLVIMENTO DE FONTES ALTERNATIVAS DE ENERGIA EM COMUNIDADE TRADICIONAL QUILOMBOLA DA REGIÃO DE PARATY-RJ

O projeto Proext 2015 MEC Etnodesenvolvimento e Economia Solidária em uma Comunidade Quilombola na Região de Paraty –RJ, é fruto do resultado da pesquisa-ação realizada em 11 Estados e 105 comunidades quilombolas rurais, por meio de uma política pública - programa Brasil Local - SENAES/MTE, entre 2009 e 2013. Foi feita uma parceria entre a Coordenação Nacional de Articulação das Comunidades Negras Rurais Quilombolas - CONAQ e o Núcleo de Solidariedade Técnica - SOLTEC/UFRJ. Com os resultados positivos, em 2015 foi dada continuidade à pesquisa na região da Costa Verde. Atualmente está sendo desenvolvido na comunidade quilombola do Campinho da Independência, localizado a 20 quilômetros do município de Paraty, litoral sul do Rio de Janeiro.Com o intuito de promover o desenvolvimento regional por meio da pesquisa-ação e interação dialógica com os atores locais, o projeto se desmembra em várias frentes de pesquisa na prática extensionista, como o fomento à utilização de fontes alternativas de energia, educação com jovens da comunidade e trabalho em um modelo de gestão para auxílio dos empreendimentos de economia solidária existentes na comunidade quilombola.Comunidades isoladas costumam ter acesso precário à rede elétrica. Por conta disso um dos objetivos do projeto está em auxiliar o suprimento das carências energéticas do território fazendo uso de fontes renováveis. A experiência vivenciada em Campinho servirá como base para a utilização de matrizes energéticas similares em outras localidades.A metodologia utilizada conta com um preliminar mapeamento energético territorial de forma a obter a maior eficiência possível. As necessidades locais possibilitaram a criação de projetos de sistemas fotovoltaicos para iluminação das áreas públicas com a utilização de postes solares e suprimento de parte da carga das casas da comunidade com tecnologia similar. O processo para realização prática dos projetos está em andamento.Há constante diálogo com os moradores de forma a garantir que os projetos no âmbito de energia sejam construídos em conjunto. Visitas à campo periódicas estão previstas de forma a garantir o andamento das etapas do projeto, desde a primeira vivência até a instalação dos sistemas. A comunidade local participará de oficinas ministradas pelos bolsistas do projeto onde adquirem conhecimento mínimo para realizar a manutenção de defeitos ocasionais que possam acometer os circuitos, não se tornando dependentes da presença da Universidade para restabelecer o sistema