A política de policiamento rigoroso dos atributos e outros esquemas de individuação feita por W. Quine – em Relatividade Ontológica e outros ensaios (1969) – guarda uma semelhança argumentativa com a polarização da ciência contra a antropomorfização do discurso teórico. Apesar de disfarçada, essa semelhança retórica encontra eco em trechos de Falando de Objetos e em Dois Dogmas do Empirismo. Nesse artigo, seguindo a sugestão de Ruth B. Marcus de que o discurso intensional se distingue do extensional por uma pretensão de força da identidade invocada, iremos propor que Quine está preso a um preconceito cientificista antigo, cuja característica principal é a incapacidade de reconhecer – ou relegar à recursos de uma época pré-científica (antrop...