Olbos: an axiological discussion in Herodotus' Histories

Herodotus of Halicarnassus redeemed the barbarian otherness from the current extreme portraits of unhuman savagery and Greek identity. Acknowledging the Barbarians as having other nómoi, Herodotus points out the cultural differences among peoples, grounding his own propositions in the collected data he shapes, increases and recreates. One of those data is the semantic variation around the concept of ólbos. This Dissertation aims to discuss this Herodotian parameter from its textual occurrences at I, 26-92, the passage known as “Cresus lógos”, a part of the “Lydian lógos”. The research has also focused some occurences of the word ólbos in Greek Literature production untill the V century B.C. in oder to inquire into its efficiency, through its discursive contexts, as an axiological scale defining the Barbarian cultures directions according to what is meant to be the Herodotian perspective. Although it establishes an otherness-oriented point of view, such a perspective is also guided by the delimitation of Athenian ethics values and, for instance, by the purposes of Solon's character acting as a fortress of the democratic system.Heródoto de Halicarnasso redimiu a alteridade bárbara dos dois extremos que a caracterizavam até então, quais sejam, a do selvagem desumano e a da completa identidade com os gregos. Reconhecendo os bárbaros como dotados de outros nómoi, Heródoto cultua as diferenças culturais entre povos, fundamentando suas proposições com dados colhidos, que molda, aperfeiçoa e recria. Um desses dados é a variação semântica em torno do conceito de o1lboj. Esta dissertação tematiza esse parâmetro herodotiano, a partir da observação de sua ocorrência textual no livro I, 26-92, trecho conhecido como lógos de Creso, parte integrante do lógos lídio. A pesquisa considerou algumas ocorrências do termo o1lboj na literatura grega produzida até o séc.V.a.C, a fim de, por meio de seus contextos discursivos, perscrutar-lhes a eficiência como índice de uma escala axiológica que defina o norteamento das culturas bárbaras, de acordo com o que se pretende que seja a perspectiva herodotiana. Tal perspectiva, embora instaure um olhar dirigido à alteridade, não deixa de guiar-se pelo balizamento dos valores da ética ateniense e das propostas de um Sólon baluarte do sistema democrático