Abordagem epidemiol?gica e epigen?tica para estudo da esquistossomose mans?nica.

Programa de P?s-Gradua??o em Ci?ncias Farmac?uticas. CIPHARMA, Escola de Farm?cia, Universidade Federal de Ouro Preto.Inicialmente foi realizado um estudo descritivo da positividade da esquistossomose mans?nica, por meio de exames parasitol?gicos de fezes, realizados utilizando o m?todo de Kato-Katz, no per?odo de 2011 a 2015 no munic?pio de Mariana, Minas Gerais, Brasil. As ?reas end?micas foram localizadas por meio de mapas de distribui??o. Concluiu-se que a maioria dos indiv?duos infectados tinha entre 16 e 30 anos de idade; e crian?as e adolescentes de 0 a 15 anos representam uma parte importante desse cen?rio. A maioria das pessoas infectadas apresentou uma baixa carga parasit?ria refletida pelo n?mero predominante, de 0 e 4 ovos, encontrados nos exames realizados utilizando a t?cnica de Kato-Katz. Paralelamente, padronizou-se a metodologia de extra??o de miRNAs a partir de sangue, soro ou plasma de camundongos experimentalmente infectados com 100 cerc?rias de S. mansoni. Posteriormente o sangue total e o soro de 30 indiv?duos infectados com S. mansoni e 30 n?o infectados, pertencentes a distritos do Munic?pio de Mariana, Minas Gerais, foram utilizados para a extra??o de miRNAs. Apesar de at? o momento n?o temos uma vis?o consolidada do perfil de miRNA em indiv?duos infectados, na esquistosomose murina detectou-se um enriquecimento dos seguintes miRNAs: Bantan, miR-2c-3p e miR190 nas amostras sequenciadas, independente do tempo e tratamento da infec??o nas amostras. Nesse trabalho foi investigado se a metila??o do DNA hep?tico, no modelo de esquistossome murina seria alterado em resposta ? infec??o por S. mansoni. Para investigar essa hip?tese, foi avaliado: (i) a express?o dos genes DNMT1, DNMT3A, DNMT3B, TET1, TET2 e TET3 (ii) o conte?do global de metila??o e (iii) se haveria correla??o entre n?mero de ovos presente no f?gado e a express?o dos genes que codificam as enzimas que metilam e desmetilam o DNA. Foi observado um aumento de express?o das enzimas TET1, TET2 e TET3 em resposta ? infec??o por S. mansoni e na express?o das enzimas envolvidas na metila??o de novo do DNA, que n?o apresentou correla??o direta com o conte?do global de metila??o do DNA hep?tico. Verificou-se que a interfer?ncia epigen?tica ocorreu e tem particular relev?ncia no contexto da express?o g?nica e da manifesta??o fenot?pica. Investiga??es adicionais explorando como as intera??es modulam os mecanismos de de regula??o da express?o g?nica ao n?vel epigen?tico no parasita, podem revelar novas estrat?gias dirigidas para o controle da esquistossomose.Initially, a descriptive study of the positivity of schistosomiasis mansonica was carried out through parasitological stool examinations performed using the Kato-Katz method from 2011 to 2015 in the municipality of Mariana, Minas Gerais, Brazil. The endemic areas were located through distribution maps. It was concluded that most infected individuals are between 16 and 30 years old; and children and adolescents from 0 to 15 years old represent an important part of this scenario. Most infected people had a low parasitic load reflected by the predominant number of 0 and 4 eggs found in the examinations performed using the Kato-Katz technique. At the same time, we standardized the methodology for miRNA extraction from blood, serum or plasma using mice experimentally infected with 100 S. mansoni cercariae. Subsequently, whole blood and serum from 30 individuals infected with S. mansoni and 30 uninfected, belonging to districts of Mariana, Minas Gerais, were used for the extraction of miRNAs. Although so far we have no consolidated view of the miRNA profile in infected individuals, murine schistosomiasis has revealed an enrichment of the following miRNAs: bantan, miR-2c-3p and miR190 in sequenced samples, regardless of time and treatment of infection. in the samples. In this work we investigated whether liver DNA methylation in the murine schistosome model would be altered in response to S. mansoni infection. To investigate this hypothesis, it was evaluated: (i) the expression of the genes DNMT1, DNMT3A, DNMT3B, TET1, TET2 and TET3 (ii) the global methylation content and (iii) if there would be correlation between number of eggs present in the liver and expression of the genes that encode the enzymes that methylate and demethylate DNA. Increased expression of TET1, TET2 and TET3 enzymes was observed in response to S. mansoni infection and expression of the enzymes involved in de novo DNA methylation, which did not correlate directly with the overall hepatic DNA methylation content. Epigenetic interference has been found to have particular relevance in the context of gene expression and phenotypic manifestation. Further investigations exploring how host-parasite interactions modulate gene expression regulation mechanisms at the parasite epigenetic level may reveal new strategies aimed at controlling schistosomiasis