Trata-se da análise crítica que opõe a apresentação do pensamento cirenaico no livro II da obra de Diógenes Laércio à apresentação do pensamento de Epicuro no livro X dessa mesma obra. Além das lacunas explicativas sobre o historiador e sua obra, pretendo mostrar o interesse do autor em evidenciar a grande importância do pensamento epicurista em detrimento do cirenaico, notadamente no que tange à questão do prazer e às diferenças específicas entre os dois tipos de hedonismo. Ao que parece, para Laércio, Epicuro recupera um sentido ético socrático para o prazer, o que não se encontra nem no pensamento de Aristipo, nem no dos seus seguidores. Entretanto, quando observado o texto, as semelhanças entre eles são mais evidentes que as diferenças....