Este ensaio tem por objetivo a interpretação de uma das mais arrojadas obras da literatura brasileira contemporânea. Começamos localizando-a historicamente na esteira da revolução deflagrada pelas vanguardas europeias no início do século XX. Em seguida, levantamos seus antecedentes literários. Pelo seu caráter radical de experimentação com a linguagem, por sua ruptura com as categorias tradicionais do romance, o texto se apresenta como uma floresta de signos. A leitura de Catatau revela uma narrativa extremamente elaborada, em que aparentemente nada faz sentido. Contudo, submetida a uma segunda leitura, deixa ver uma miríade de referências e estratégias de diálogo ficcional que estimulam o leitor a produzir imagens portadoras de sentido. Ex...