É opinião corrente entre intérpretes de Kant que a história universal não se funda sobre uma teoria mecânica e constitutiva da natureza, mas sim sobre um uso regulativo das ideias da razão. O que ainda permanece em aberto é como e em que medida a capacidade reflexiva de julgar ou o uso regulativo das ideias na filosofia da história está relacionado com o uso teórico ou com o uso prático da razão. Este artigo defende que o ensaio Ideia de uma história universal com um propósito cosmopolita se legitima essencialmente a partir de um interesse prático ao invés de um interesse teórico da razão. Como resultado, a ideia de uma historia universal é válida e útil apenas para o campo do agir e não para o campo do conhecimento. Abstract It is a common...