O presente artigo parte da conferência O monolinguismo do outro de Jacques Derrida para interrogar o tema do pertencimento enquanto categoria identitária à luz do exemplo da colonização, trazida pelo próprio autor. Na medida em que se traçam as principais questões desse problema, mostra-se como a desconstrução da metafísica, associada às lógicas predicativas e às estruturas da sociedade civil do Estado-nação moderno, passa pela questão do idioma. Esbarrando alteridade e identidade, Derrida tece cultura e língua pela economia da violência e da colonização, politizando, para além da rigidez da pólis do político, a questão epistêmica, cultural e discursiv