Este artigo visa esclarecer como indução e dedução, operações cognitivas constituintes de abordagens científicas diversas, se fazem complementares na elaboração dos níveis hierárquicos da linguagem que fundamentam o fazer parafrásico da semiótica discursiva. Inicialmente, promove-se, por meio das propostas de Karl Popper, uma recensão filosófica que situa a tensão histórica entre os métodos indutivo e dedutivo no campo da pesquisa científica. Em seguida, mostra-se, mediante uma leitura pormenorizada de Semântica estrutural, como o nível metodológico da linguagem, para o qual está vocacionado o pensamento semiolinguístico, é, de fato e de direito, o principal lugar de negociação entre a adequação indutiva ao objeto e a coerência dedutiva da ...