Optimização do processo de extração utilizando amostras de própolis português

[Excerto] Ao longo dos anos, o interesse em produtos naturais, como o própolis, tem vindo a aumentar surpreendentemente, não só devido a uma maior sensibilidade e apetência por produtos biológicos e seguros, mas em particular pelo perfil bioactivo do própolis que lhe confere propriedades farmacológicas relevantes como a actividade antioxidante, antimicrobiana, anti tumoral, entre outras, que podem ser utilizadas nas indústrias alimentar, cosmética e farmacêutica. As actividades biológicas de própolis estão normalmente ligadas ao seu teor e diversidade em compostos fenólicos e flavonóides, sendo o etanol a 70 % geralmente aceite como o solvente de eleição para a extracção de compostos bioactivos de própolis [1,2,3]. A extracção por ultra-som tem demonstrado ser o método de extracção mais eficiente, tendo em consideração factores como o rendimento, o tempo de extracção e a alta selectividade, quando comparado com outros métodos, como o método de extracção tradicional (maceração) ou o método de extracção assistida por microondas[3]. Outros autores defendem que a extracção etanólica (50 a 90 %), permite obter extractos com baixa composição em ceras e ricos em compostos biologicamente activos, sugerindo também o etanol a 70 % como o solvente que garante os melhores resultados em termos de rendimento mas também de actividade antimicrobiana[4,5,6].FCT- Fundação Portuguesa para a Ciência e Tecnologia (PD/BD/128276/2017), no âmbito do programa doutoral “Agricultural Production Chains – from fork to farm” (PD/00122/2012) e dos projetos PEst-OE/AGR/UI4033/2014 e INTERACT – “Integrative Research in Environment, Agro-Chains and Technology”, no. NORTE-01-0145-FEDER-000017