Eficiência de fungicidas no controle da brusone do trigo.

A brusone, causada pelo fungo Pyricularia grisea, reduz o rendimento e a qualidade do trigo. O objetivo deste trabalho foi avaliar a eficiência de fungicidas no controle da brusone do trigo e verificar patógenos associados às sementes. O experimento foi conduzido na Embrapa Soja, em Londrina, PR, na safra de 2014. Foi utilizada a cultivar BRS 208, suscetível à brusone. O delineamento foi blocos ao acaso, com quatro repetições, parcelas com dez linhas de seis metros, espaçadas em 0,2 m. Foram avaliados sete tratamentos: seis fungicidas (0,75 L/ha de trifloxistrobina+tebuconazole; 0,5 L/ha de trifloxistrobina+ protioconazole; 1,0 L/ha de tebuconazole+solução nutritiva cobre; 2,5 kg/ha de mancozeb+tiofanato metílico; 0,75 L/ha de azoxistrobina+tebuconazole; 2,5 kg/ha de mancozeb) e a testemunha. Foram feitas três aplicações, a primeira no início do espigamento e as outras duas com 10 dias de intervalo. Foram coletadas cem espigas por parcela, no estádio de grãos de massa mole, para avaliação da incidência e da severidade. Foi realizada análise sanitária das sementes de cada parcela pelo método do papel de filtro. Os fungicidas testados não diferiram entre si e nem da testemunha, quanto à incidência e à severidade. A incidência foi alta em todos os tratamentos, variando de 98% a 100% e a severidade de 75% a 81%. A maior produtividade foi observada no tratamento com azoxistrobina+tebuconazole, que não diferiu de trifloxistrobina+ tebuconazole e de trifloxistrobina+protioconazole. Nas sementes a incidência de P. grisea foi menor no tratamento com mancozeb (39%), de Fusarium graminearum nos tratamentos azoxistrobina+tebuconazole (9%), tebuconazole+solução nutritiva cobre (10,5%), trifloxistrobina+protioconazole (11,5%) e de Bipolaris sorokiniana no tratamento com azoxistrobina+ tebuconazole (7%). Os fungicidas testados não foram eficientes no controle da brusone na espiga