Posição da tora na árvore e sua relação com a qualidade da madeira serrada de Eucalyptus grandis.

O presente estudo foi conduzido a partir de dois testes de progênies de Eucalyptus grandis, com o objetivo de se investigar os padrões de variação na direção longitudinal das árvores quanto a algumas características de qualidade da madeira para finalidade de serraria, bem como determinar os indicadores de qualidade mais apropriados. Os experimentos foram instalados no delineamento blocos ao acaso, com 3 repetições e parcelas lineares de 6 plantas. As avaliações foram realizadas à idade de 8 anos. Para isso, foram escolhidas 2 árvores de cada parcela, com base em crescimento, forma e sanidade. De cada árvore, foram retirados 3 discos de madeira a intervalos aproximados de 2,60 m, para determinação da densidade básica e da umidade natural. Das árvores mais vigorosas foram obtidas toras que foram avaliadas quanto ao teor de casca, rachaduras de extremidades e relação alburno/cerne. Posteriormente, as toras foram convertidas em tábuas em serraria industrial. As tábuas foram avaliadas na condição verde quanto aos empenamentos e, nas condições verde e seca (12% de umidade), quanto às rachaduras de extremidades. O padrão de variação ao longo da primeira parte do tronco no sentido base-topo foi de grande decréscimo inicial seguido de pequeno aumento para a densidade básica e, no caso da umidade natural, de contínuo decréscimo. Os caracteres teor de casca, relação alburno/cerne, encurvamento e rachaduras de extremidades de tora e de tábuas foram influenciados pela posição de amostragem na árvore. Houve comportamento semelhante entre as primeiras e as segundas toras em relação ao total de rachaduras e ao arqueamento das tábuas produzidas. A densidade da madeira e o encurvamento de tábuas mostraram-se adequados para avaliar a qualidade da madeira para serraria