Pede-se fechar os olhos : a semi/otica da psicanalise

Resumo: Esse trabalho é composto por três unidades ensaísticas, articuladas em torno das relações entre a práxis psicanalítica, tanto clínica quanto discursiva, e a questão da Visualidade na experiência cultural contemporânea, especialmente a partir da descoberta da Fotografia e o decorrente desenvolvimento técnico das chamadas Novas Mídias. o texto se organiza cronologicamente a partir da problematização de uma intuição inicial, surgida do questionamento da intenção de se aproximar a psicanálise e a se miologia, ambas de escola francesa, que seria a de se formalizar um instrumento clínico coadjuvante à técnica psicanalítica, a que se chamou "Composto Foto-Textual", construído a partir de fotografias de família de sujeitos em análise, que, uma vez legendadas por eles próprios, serviriam como disparadoras da Livre Associação de Idéias, no que s_ refere a intervenção propriamente psicanalítica, e como objeto de investigação da substância visual, no que se refere , a práxis semiológica. Abandonada tal perspectiva, a reflexão se volta para o questionamento dessas práxis de um ponto de vista externo a elas, numa visada que se pretende (guardadas as devidas diferenças metodológicas e epistemológicas) próxima da idéia de uma historiografia das mentalidades, onde as figuras de Freud (fundador) e Lacan (continuador) recebem um tratamento "biografemático". A título de "Nota Fina I", questiona-se a Descrição como modalidade discursiva, e a possibilidade de através dela, assegurar-se, a apreensão da dimensão visual, imagística ,do na contemporaneidade marcada pelo fenômeno da imagem. Em análise, inconsciente, da exacerbaçã