Epidemiological study of mandibular angle fractures treated at the Oral and Maxillofacial Surgery Division of Piracicaba Dental School - State University of Campinas

As fraturas de ângulo mandibular são comuns, apresentando alta prevalência entre as fraturas da face. Estudos epidemiológicos apresentam informações sobre o perfil dos pacientes vítimas de trauma de face, auxiliando em métodos de prevenção e aperfeiçoando condutas de tratamento. Este trabalho é um estudo retrospectivo, longitudinal e observacional, com o objetivo de avaliar a epidemiologia das fraturas de ângulo mandibular, etiologia, frequência e modalidade de tratamento empregado, assim como complicações, dos pacientes atendidos pela Área de Cirurgia Buco-Maxilo-Facial da Faculdade de Odontologia de Piracicaba - FOP/Unicamp, no período compreendido entre abril de 1999 a dezembro de 2012. Foram incluídos 201 pacientes que sofreram 204 fraturas de ângulo mandibular, com maior prevalência no lado esquerdo (55,9%), cuja análise estatística descritiva demonstrou uma prevalência de indivíduos do gênero masculino (88,6%), cor branca (52,2%), com média de 27,95 anos ± 9,9 anos. A maioria apresentava algum tipo de vício (56,7%), a etiologia mais frequente foi agressão física (33%) e a má-oclusão foi o sinal com maior prevalência (72,6%). O sintoma mais frequente foi a dor (75,6%), e em 111 fraturas (54,4%) havia a presença de terceiros molares na linha de fratura. O tratamento cirúrgico foi empregado na maioria das fraturas (78%), sendo o acesso intraoral o mais frequentemente utilizado (60,0%). A técnica de fixação mais empregada foi a utilização de uma miniplaca do sistema 2,0mm (42,0%), havendo um baixo índice de complicações (9,5%), tendo sido a infecção a mais frequente. Concluiu-se que o grupo mais afetado foi constituído por adultos jovens do gênero masculino, vítimas de agressão física e que possuíam algum vício; a maioria dos pacientes foi submetida a tratamento cirúrgico, por acesso intraoral e utilização de uma única miniplaca, e houve baixa incidência de complicações. Estes dados epidemiológicos e das características do tratamento das fraturas de ângulo mandibular poderão auxiliar na instituição de campanhas preventivas, e de protocolos clínicos para o tratamento destas lesões, e também no direcionamento de futuras pesquisas.Mandibular angle fractures are common, with a high incidence among facial fractures. Epidemiological studies provide information on the profile of patients victims of facial trauma, assisting in methods of prevention and perfecting treatment procedures. This is a retrospective, longitudinal, and observational study, aiming to evaluate the epidemiology, etiology, frequency and type of treatment used, as well as complications, regarding mandibular angle fractures in patients treated at the Department of Oral and Maxillofacial Surgery, Faculty of Dentistry of Piracicaba - FOP/Unicamp, from April 1999 to December 2012. 201 patients with 204 mandibular angle fractures were included, showing higher incidence on the left side (55.9%), and a descriptive statistical analysis revealed the following prevalence: male subjects (88.6%), white subjects (52.2%), and mean age of 27.95 years ± 9.9 years. The majority had some kind of addiction (56.7%), the most common etiology was physical aggression (33%) and malocclusion was the sign with the highest incidence (72.6%), while the most frequent symptom was pain (75.6%) and 111 fractures (54.4%) had third molars in the line of fracture. Surgical treatment was employed in most fractures (78%), and intraoral access was the most frequent access used (60.0%). The fixation technique most often employed was the use of one 2.0 mm miniplate system (42.0%), with a low complication rate (9.5%) in the treatment of patients in this study. It was concluded that the most affected group consists of young adults male gender, victims of physical aggression and that most subjects underwent surgical treatment with few complications. Periodic assessments of the epidemiology and treatment characteristics of mandibular angle fractures generate data that assist in the establishment of prevention campaigns, clinical protocols for the treatment of these lesions, and also in directing future research