Neste Trabalho, o escopo é analisar como Giorgio Agamben e Hannah Arendt pensam a política contemporânea, principalmente a relação da política com o direito. A intenção é mostrar que, apesar de ambos os autores partirem de diagnósticos da modernidade bastante parecidos, chegam a lugares bem diferentes no tocante à relação do direito com a política. Ambos parecem compartilhar, à primeira vista, um diagnóstico de esvaziamento do espaço público, o predomínio da violência nas relações, uma sociedade massificada, a vida biológica ganhando centralidade nos contextos políticos, etc. Porém, com base nessas premissas, Agamben chega a teses como o Estado de Exceção permanente, o campo (de concentração) como paradigma da política contemporânea, a cont...