Freud's movement to the development of a psychic field

O objetivo principal é o de expor, em função de uma leitura particular do período inicial da obra de Freud, de que forma se estabeleceu o campo em que foi assentada uma definição do psiquismo, segundo a psicanálise incipiente. Destacaremos as condições responsáveis por reconsiderações de importantes noções e do método de tratamento particular que permaneceria sendo desenvolvido ao longo da obra. Em caráter de apoio, e em divergência do que poderíamos chamar de nascimento da psicanálise bem como o ineditismo que é atribuído aos seus conceitos principais, propomos identificar o movimento de construção interna dos conceitos. Esta proposta será sustentada na exposição do movimento de articulação que Freud engendrou ao tema do psiquismo, de 1886 a 1894, que não apareceu tão bem definido como passou a ser em textos posteriores, mas em cuja articulação de questões foi possível acompanhar gradualmente a possibilidade de um 'modo de funcionamento psíquico' para a neurose. Neste intuito, foi delineada a transição da explicação que privilegia uma característica predominantemente fisiológica de funcionamento automático ao qual acrescentou, aos poucos, uma modificação funcional de dinâmica psíquica, mas sem desconsiderar a primeira. Este foi o caso da lógica estabelecida pelo mecanismo psíquico da "contravontade" (1892) que teria contribuído justamente pelo deslocamento que proporcionou ao foco do tratamento, o qual posteriormente se desenvolveu numa 'relação de simbolização' mediante 'conflito'. A reformulação do aspecto funcional da histeria colocado em destaque proporcionou, desde este ponto de vista, a série de construções que prestariam sustentação às noções de base para os posteriores conceitos de resistência, transferência e a elaboração da associação livre. Concluímos que justamente esse funcionamento particular e resistente, obtido nos hiatos oriundos das questões relativas à cura e eliminação do sintoma, seria um dos traços responsáveis pela autenticidade da teoria de Freud e especificidade da psicanálise. Esse movimento se deu como uma transformação incessante que Freud nunca deixou de promover às noções existentes no campo da pesquisa médica que frequentava.The main objective is to expose, from a particular reading of the initial period of Freud's work, how did the field, in which sits a definition of the psyche established, accordingly to incipient psychoanalysis. The conditions responsible for reconsiderations of important notions will be highlighted, as will the particular treatment method that would be developed during the work. It will be deepened the internal discussion about what we might call the birth of psychoanalysis, and the uniqueness that is often attributed to its main concepts. This proposition is supported on the exhibition of the motion of particular articulation that Freud engenders in the theme of the psyche, from 1886 to 1894, in which the subject does not appear so well defined as it would in later texts, but in whose articulation of issues stood out the possibility of a 'psychic functioning mode' for neurosis. With this objective, it was outlined the transition of the explanatory mode that favors a predominantly physiological automatic characteristic to which it gradually added a functional modification of psychic dynamics, but without neglecting the former. This would be the case of logic established by the psychic mechanism of "counter-will" (1892) that would have contributed exactly by the shift that it provided to the focus of treatment, which subsequently developed into a 'relationship of symbolization' by 'conflict'. The reformulation of the functional aspect of hysteria, from this point of view, brought the number of constructions that would provide support to the basis notions for later concepts of resistance, transference and the development of free association. It is concluded that this particular and resilient operation, obtained in the gaps from the issues of healing and symptoms elimination, would have given authenticity to Freud's theory and specificity to his psychoanalysis, through constant transformation that Freud never stopped to promote to existing concepts in the field of medical research in which he attended