A reação da oligarquia potiguar ao modelo centralizador de Vargas: 1930-1935

Este trabalho é um estudo das relações entre o poder regional e o poder central no pós-30, abordando o caso do Estado do Rio Grande do Norte, através da reconstituição histórica das lutas e conflitos que marcaram a resistência da oligarquia potiguar à implantação do modelo getuliano de Estado centralizado e intervencionista no período compreendido entre os anos de 1930 a 1935. Foi utilizado o método histórico, aproveitando como fontes jornais da época, correspondências, depoimentos, entrevistas e memórias de contemporâneos, mensagens e relatórios de governos e documentos de propaganda política. Resgata aspectos do primeiro período republicano no Rio Grande do Norte, enfatizando o processo de formação da oligarquia estadual. Trata da Revolução de 30 no Estado potiguar com a imposição de um modelo centralizador e a intervenção do poder central na política estadual, através da montagem do sistema de interventorias, ressaltando a mobilização das classes trabalhadoras urbanas, utilizada pelas interventorias e pela facção cafeísta no enfrentamento com as facções oligárquicas tradicionais. Aponta o caráter contraditório das relações entre o poder central e as oligarquias no Rio Grande do Norte, onde se confundem, num só processo, a barganha e o confronto. Por fim, destaca o retorno da corrente oligárquica tradicional ao poder de Estado regional, em condições redefinidas por um novo "pacto de poder" que amplia o intervencionismo do Estado fe deralNão informad