Uma onda mundial de revoltas : movimentos estudantis nos anos 1960

Os movimentos estudantis dos anos 1960, em destaque o ano de 1968, podem ser considerados uma "onda mundial de revoltas". .l alisados do ponto de vista de uma ampla e heterogênea frente de rebeliões, os movimentos apresentam o componente "juvenil" de seus membros como o principal denominador comum desta onda mundial. A onda mundial de revoltas foi ao mesmo tempo um movimento eclético possível pelas transformações advindas com o globalismo e uma reação contra o sentido predominante delineado por esta "civilização global". Rebelava-se certamente contra a ideologia dominante, da globalização, que ainda se esboçava. Os movimentos propunham uma miríade de outros valores, práticas, idéias e ideologias advindas das mais diversas fontes, de vários tempos e espaços (aglutinados no que considera-se aqui como terceiro mundismos, novas esquerdas e conttaculturas). Conquistaram vitórias no campo dos comportamentos, principalmente, que foram somaíUadas em certo sentido pelas instituições do capitalismo e do mercado. Mesmo "derrotada", a onda mundial deixou severas marcas na civilização que continuaria a se construir. Ela colaborou, em certo sentido, para uma "limpeza" de valores tradicionais que, no seio da nova civilização esboçada, emperravam o estilo de vida consumista, a lógica da razão instrumental e os controles das tecnocracias. Mas não se resumiu a isto. Procurara ir além do que o globalismo dominante propunha: qualidade em ve:.::de quantidade, novos estados de consciência e de racionalidade em ve:.::do racionalismo prático, experiências reais do alternativo em ve:.::do contentamento com simulacros seguros, heterodoxias em ve:.::da rígida bipolari:.::ação ideológica da Guerra l"ria, liberdade ampla de comportamento e eriação em ve:.::da tempo, porém, esta onda mundial continha em seu próprio seio Hagrantes limites, dilemas e contradições que ajudaram a gestar a sua própria dispersão - limites que eram ao mesmo tempo a sua riqueza, como a heterogeneidade, o idealismo, o ativismo resoluto, a juvenilidade e a relação experimental para com a realidade'lhe student movements of 1960's, 1968 in special, can be considered a "woddwide wave of revolts". Analy:.::ingin point of view of a broad and heterogeneous front of rebellions, the movements sho~" the "young' component of their members with the principal common denominator of this worldwide wave. The worl~'Íde wave of revolts was, in the same time, an multiple movement possible for changes caused by globalization and a reaction against the way prevailing delineate for this "global civilization". It rebdled against the dominant ideology, a globali:.::ationeven in groundwork, certainly. 'lhe movements propose a miscellany of other values, skills, ideas and ideologies coming of the many fonts, times and spaces (agglutinated in the ideologies of the 'lhird-wodd, new lcfts and conttacultures). 'lhe movements won over victories in the field of the bchavior, chict1y, that capitalism and market's institutions absorved. Maybe "beaten", the worldwide wave inscribed severe impressions in the new civilization. It collaborated to a cleanliness of traditional values that, in the heart of the new civilization in groundwork, jammed the consumerist style of life, the logical of the instrumental reason and the controls of the technocracies. The wave looked for more what the dominant globalization proposed: quality, new ways of consciences and rationality, real experiences of the alternative, heterodoxies and liberty for the bchavior and creation versusquantity, pragmatism, simulacrums of the alternative, bipolari:.::ationideological of Cold War, free market and mass culture from great media. But, in the same time, this woddwide wave had in its heart sttong limits, dilemmas and contradictions that help to make its own dispersion - limits that were in the same time your richness: heterogeneity, idealism, resolute activism, juvenility and experimental relation vv~ththe realit