Sindicalismo e privatização das telecomunicações no Brasil : a busca (fracassada) a social-democracia

Este trabalho tem como principal objetivo analisar a ação do movimento sindical do setor de telecomunicações contrário à privatização das companhias de telefonia brasileiras, ocorrida em 1998, sob o governo de Fernando Henrique Cardoso. O intuito foi problematizar as principais teses, pressupostos e estratégias desse grupo, assim como os da ala governista responsável pelo projeto de privatização. O SinTPq (Sindicato dos Trabalhadores de Pesquisa, Ciência e Tecnologia de Campinas e região), vinculado à FITTEL (Federação Interestadual de Trabalhadores em Telecomunicações) e à CUT (Central Única dos Trabalhadores), foi escolhido, por sua intensa atuação e elaboração de propostas, como objeto de pesquisa representativo, no geral, das posições do restante dos trabalhadores e entidades do setor em tela ligados a esse mesmo espectro político-sindical. Além da coleta de documentos, boletins, publicações e matérias de jornal, foram realizadas entrevistas com antigos e atuais diretores do sindicato citado, todos atuantes no processo de privatização. A análise da reforma privatizante das telecomunicações no Brasil pôde nos indicar que as alternativas "social-democratas", uma mera variação do conjunto de reformas neoliberais e, quanto ao segundo, a impossibilidade de renovação, ou construção, de um projeto nacional autônomo de desenvolvimento para o setor, assertivas que, grosso modo, refletem a crise das diversas formas de social-democracia em meio à transnacionalização dos capitais que caracteriza a acumulação hodierna, no geral, e das telecomunicações, em particular. O trabalho procura apontar, ainda, em linhas gerais, as principais conseqüências da privatização no que se refere aos serviços prestados e apresentar o panorama geral que marca a situação do trabalho e do sindicalismo do setor na atualidadeThis study aims to analyze the action of the syndical movement of the telecommunication sector against the privatization of the Brazilian telephony company, which occurred in 1998, under Fernando Henrique Cardoso´s government. The purpose was to question the main matters, implications and strategies of this groups, as well as the ones of the govern parties responsible for the privatization porject. The SinTPq (Sindicato dos Trabalhadores de Pesquisa, Ciência e Tecnologia de Campinas e região), connected to FITTEL (Federação Interestadual de Trabalhadores em Telecomunicações) and to CUT (Central Única dos Trabalhadores), was chosen, for its intense performance and creation of proposals, as representative objetct of the research, in general, of the positions of the remaining workers and entities of the sector connected to this politician-syndical specter. Besides the data collection, reports, publications and magazine reports, we interviewd old and current directors of the union, all operating in the privatization process. The analysus of the privatizating reform of the telecommunications in Brazil could indicate us that the "social-democrat" alternatives, either form the government or from the syndical movement, demonstrated, in what is related to the first, a mere variation of the set of neoliberal reforms and, for the second, the impossibility of renewal, or construction, of an independent national project of development for the sector, assuring that, grosso modo, reflects the crisis of the several ways of social-democracy transnationalization of the capitals which characterizes the modern accumulation, in general, and of the telecommunications, particularlly. The study seeks to point out, in general lines, the main consequences of the privatizations in relation to the services and to present the general panorama which marks the work situation and the unionism of the sector in the current tim