Este trabalho analisa alguns diálogos entre o livro La literatura nazi en América, do escritor chileno Roberto Bolaño (1953 2003), e a tradição literária do apócrifo. Para tanto, recortamos uma linha de escritas apócrifas que relaciona o factual com o fictício, a memória e a imaginação para tramar uma narrativa feita a partir de experiências de leitura, criatividade e a dissolução dos conceitos de biografia e história. Nessa perspectiva, num primeiro momento, resgatamos de modo panorâmico uma linhagem de obras que constitui uma família literária dentro de uma tradição mais ampla: Vidas Imaginárias, de Marcel Schwob; Retratos reales e imaginarios, de Alfonso Reyes; Historia universal de la infamia, de Jorge Luís Borges; e La sinagoga de los...