Como tecer a mais antiga/contemporânea trama

Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Filosofia e Ciências Humanas. Programa de Pós-Graduação em Psicologia.A centralidade que o amor ocupa no cotidiano de homens e mulheres é inegável, o que não impede que seja considerado um mistério perante o qual se sentem impotentes. O cenário amoroso é marcado por impasses, desencontros, insatisfação e sofrimento, evidenciados pelo alto número de separações e pela elevada procura por psicoterapia visando resolver problemas amorosos. Neste trabalho, será considerada a existência de um campo de possibilidades delineado historicamente que serve como mediação e, assim, de padronização de experiências e significações amorosas, entre eles, padrões de gênero hegemônicos, noções idealistas e noções modernas de amor. A partir disso, foi pretendido, através de entrevistas, comprender como tais significações foram apropriadas e singularizadas por um grupo de homens jovens universitários. A análise encarregou-se de localizar as mediações ideológicas e as particularidades expressas em suas concepções. Para nortear a análise foram adotados apoios teóricos provindos de uma perspectiva sartreana, associada a uma abordagem de gênero. Percebeu-se que há mesclas de ideologias no movimento amoroso vivido dos sujeitos. Fica claro que instituir novas formas de amar, ao mesmo tempo que é um desejo, exige a superação de aprendizagens tradicionais, as quais nem sempre são percebidas pelos sujeitos