Estádios pós-modernos para um futebol hiper-real: análise comparativa das arenas para a Copa do Mundo de 2014

Neste artigo, procuro entender os mecanismos de controle à violência dos estádios de futebol, em especial das 12 arenas esportivas do país relacionadas à Copa do Mundo em 2014. Para isso, busco demonstrar por que, em determinados períodos, a concepção dos estádios de futebol teve de ser repensada. Em seguida, procuro analisar os itens apresentados como motivação para reforma ou construção dos estádios brasileiros para o Mundial, assim como exploro as sugestões da Federação Internacional de Futebol (FIFA) e do Relatório Taylor _ que modificou o perfil dos estádios britânicos. Por fim, aponto as possíveis consequências dessas mudanças no atual cenário e como o público esportivo ficará inserido dentro da esfera esportiva. A análise acerca da violência e dos elementos civilizadores foi fundamentada nos textos de Norbert Elias e Eric Dunning e no resgate histórico feito por Richard Giulianotti. Este autor também foi responsável por oferecer os dados que me fizeram buscar os relatórios oficiais responsáveis pela ordenação dos estádios e pelo olhar na obra de Michel Foucault e Jeremy Bentham no que se refere ao cerceamento à violência. Para a avaliação das possíveis consequências desses processos, Jean Baudrillard foi de grande importância, assim como o próprio Elias