O corpo político da cena : os tupi-afro-brasileiros tomam o teatro e fazem o carnaval

O presente trabalho de conclusão de curso apresenta um ensaio sobre as questões que envolvem a teatralidade como um ato político. Destaca o riso, o uso do espaço e o contexto nacional/tropical como mecanismos de acesso aos recursos que envolvem uma cena que se faz política no contato com o popular, o profano e o estético. A obra de arte pode ser bela e forte como obra artística, mas só é um “ato artístico” quando é um ato político, e só é política quando permite que o público vá embora, voe para longe da estrutura que cerca sua poltrona, vá se conectar com os conflitos sociais, com seus conflitos internos, com suas necessidades fisiológicas ou psíquicas. A argumentação dessa pesquisa está na construção de um diálogo cênico com o grupo Teatro Oficina, de São Paulo, e um diálogo teórico com perspectivas de se pensar o conceito de política da cena. Cabendo aqui, trazer questões do próprio ato pedagógico como ato político, configurando-se dos mesmos mecanismos que envolvem o corpo da cena política: o riso, o espaço e o elemento nacional/tropical