Síndrome da disfunção cognitiva em cães

Com o aumento da perspectiva de vida dos cães devido aos avanços na medicina veterinária, ocorrem doenças típicas da velhice, incluindo algumas ainda em início de estudo, como é o caso da Síndrome da disfunção cognitiva. Esta síndrome consiste em cinco principais sintomas: desorientação, ciclos alterados de interação com outros animais ou pessoas, distúrbio do ciclo de sono/vigília, urinar/defecar em locais não habituais e alteração do nível de atividade. A suspeita clínica da Síndrome da disfunção cognitiva é baseada na identificação de sinais clínicos e na exclusão de outros processos mórbidos que possam causar ou contribuir para o surgimento desses sinais, como a realização de uma anamnese completa, utilizando um questionário aplicado ao proprietário, além de exames laboratoriais e testes cognitivos. Ainda não se sabe exatamente a neuropatogenia desta doença, mas o beta-amiloide é o maior constituinte das placas senis, um dos marcadores da disfunção cognitiva, encontradas no cérebro do animal doente. Uma vez que a síndrome decorre de alterações neurodegenerativas progressivas, quanto antes os proprietários relatarem alterações comportamentais em seus animais, antes poderá se buscar a causa destas alterações, possibilitando uma intervenção precoce, momento em que geralmente há maiores chances de sucesso terapêutico ou ao menos redução da progressão da doença. O tratamento possui o objetivo de repor os níveis de neurotransmissores que se encontram diminuídos, facilitar o seu metabolismo e reduzir/reverter a progressão da doença. Vários tratamentos são utilizados a nível experimental, como a terapia nutricional, utilizando ácidos graxos, a selegilina, o enriquecimento ambiental e vasodilatadores cerebrais. Por ser uma doença semelhante ao Alzheimer, o estudo de tratamentos utilizados em humanos pode ser útil para futuros tratamentos com melhores resultados.With an increasing life expectancy of dogs due to advances in veterinary medicine, there are typical diseases of aging, including some still in early study, such as syndrome of cognitive dysfunction. This syndrome consists of five main symptoms: disorientation, altered cycles of interaction with other animals or people, changes in cycle of sleep / wake, urinating / defecating in unusual places and changes in activity level. Clinical suspicion of cognitive dysfunction syndrome is based on the identification of clinical signs and exclusion of other disease processes that may cause or contribute to the appearance of these signs, as the realization of a complete history, using a questionnaire given to the owner, in addition to laboratory tests and cognitive tests. The exactly neuropatogenia is unclear in this disease, but the beta-amyloid is the major constituent of senile plaques, one of the markers of cognitive impairment found in the brain of the infected animal. Once the syndrome results from progressive neurodegenerative changes, as soon as the owners reports behavioral changes in their pets, the cause of these changes can be found sooner, enabling early intervention, when usually there are greater chances of therapeutic success or at least reduced disease progression. The treatment has the purpose to restore neurotransmitter levels that are decreased, facilitating its metabolism and reduce / reverse disease progression. Various treatments are used at an experimental level, such as nutritional therapy using fatty acids, selegiline, environmental enrichment and cerebral vasodilators. For being a similar disease to Alzheimer's, study treatments in humans may be useful for future treatments with better results