Aproveitamento de águas pluviais : ferramentas para tomadas de decisões em projetos

Este trabalho versa sobre a criação de ferramentas de auxílio a tomada de decisão enquanto ao dimensionamento de sistemas de aproveitamento de águas pluviais. Nesse sentido tabelas e gráficos relacionando as principais variáveis levadas em conta na hora do dimensionamento foram desenvolvidas. As variáveis analisadas foram: área de captação de água pluvial, demanda de consumo de água, volume de um reservatório, perdas na captação da água da chuva e percentual de não atendimento à demanda de uma edificação qualquer. Os dados coletados para a realização do trabalho abrangem uma série diária de chuva de 38 anos (1961 à 1998) e foram obtidos no posto pluviométrico Porto Alegre, código Hidroweb ANA 03051011, da cidade de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul. Para a criação dos gráficos foram feitas simulações variando as áreas de captação de 50 m² até 500 m², o volume do reservatório de 250 à 20000 litros, a demanda de consumo de água de 10 à 20000 L/dia, as perdas na captação de 10 e 20% e avaliado o percentual de falha no atendimento da demanda. Através de um modelo de simulação de balanço hídrico de reservatório, obtiveram-se os resultados usados para a criação das ferramentas de tomada de decisões. Os resultados foram colocados em uma tabela auxiliar com a finalidade de serem combinados, gerando um total de 3084 combinações, para que, a partir deles, pudessem ser criados os gráficos. As ferramentas resultantes foram 14 tabelas e 14 gráficos em que são apresentados dados sobre as cinco variáveis analisadas. Exemplos de utilização desses gráficos e tabelas são ainda apresentados, mostrando-se uma ferramenta de fácil uso e aplicabilidade para as pessoas. Durante o desenvolvimento das simulações, resultados esperados foram verificados, como para uma mesma área de captação à medida que se aumenta o volume do reservatório e diminuí-se a demanda de consumo, o percentual de falha reduz-se. A conclusão anterior é aplicada também para a área de captação, ou seja, mantidas as relações, áreas de captação maiores resultam em percentuais de falhas menores. O oposto vale para as perdas na captação onde valores menores ocasionam percentuais de falha menores