Créditos de carbono na indústria do cimento

Um dos assuntos mais discutidos na atualidade é o efeito estufa e suas conseqüências para o planeta, como aquecimento global e as mudanças climáticas. A indústria se tornou vital para o desenvolvimento das nações, mas além de gerar produtos ela produz poluentes cada vez mais prejudiciais a nossa sobrevivência. Nas últimas décadas, as emissões de gases danosos aumentaram consideravelmente, principalmente de dióxido de carbono (CO2), o qual não é o mais prejudicial, mas é o de maior volume emitido o que o torna o mais preocupante. O objetivo desta pesquisa é mostrar uma das alternativas para a diminuição destas emissões poluentes, que são os créditos de carbono. Esta alternativa consiste em que, um país desenvolvido, com produção de altos índices de gases poluentes e não tenha opção de tratamento na sua planta, compense estas emissões, investindo em Mecanismos de Desenvolvimento Limpo (MDL) num país em desenvolvimento. Esta alternativa foi estabelecida através da assinatura do protocolo de Kyoto, pois preocupados com as elevadas emissões de gases na década de 90, a nações propuseram a diminuição de 5% das emissões dos países desenvolvidos até 2012, ano em que expira o protocolo. Porém, na visão de muitos, a alternativa crédito de carbono, ao invés de mitigar a poluição, se tornou um mercado financeiro, para obtenção de lucros para as indústrias. Neste trabalho, será demonstrado como os créditos de carbono atuam na indústria do cimento, pois o investimento realizado pelos países desenvolvidos, faz com que haja substituição de carvão mineral e diesel por gás natural na cozedura de argila e calcário diminuindo consideravelmente as emissões de CO2