Projetos pedagógicos : uma releitura do cotidiano escolar

Este trabalho traz reflexões de uma prática docente realizada no primeiro semestre do ano letivo de dois mil e dez em uma turma do terceiro ano do Ensino Fundamental da Escola. Maria Edila da Silva Schmidt da Rede Municipal de são Leopoldo. Estas reflexões destacam diferentes questionamentos sobre ações e práticas proporcionadas através de estratégias elaboradas a partir do uso da Metodologia de Trabalhos com Projetos, bem como as transformações que estas ações acarretaram no cotidiano de sala de aula e no contexto que envolve conteúdos, aprendizagem democrática e autônoma. Durante esta prática de estágio as ações propostas aos alunos promoveram mudanças no cotidiano de sala de aula surgindo diferentes formas no aprender onde a coletividade, a socialização, o interesse e a preocupação em resolver diferentes questionamentos deram um maior siguinificado às descobertas e as experiências já existentes provocando um aprender repleto de curiosidades, idéias e muita criatividade. As reflexões que promoveram este trabalho fundamentaram-se nos processos de mudanças e de rupturas que aconteceram no meu fazer diário, pois o uso desta metodologia provocou um novo olhar diante de experiências que trazia anteriormente gerando novas possibilidades no planejar. Este trabalho revela uma releitura na forma de propor atividades e de como estas propostas foram entendidas no contexto de sala de aula levando os alunos que passivamente ficavam sentados em suas cadeiras enfileiradas a agirem em construção dos seus conhecimentos assumindo posturas que justificavam a ansiedade e o interesse em quererem responder a diferentes questões que davam siguinificado às coisas e fatos que faziam parte do contexto escolar e de seus cotidianos. Apresento também reflexões sobre um fazer didático que foi além dos muros da escola e que provocou na comunidade escolar um entender diferenciado a respeito do dia a dia de sala de aula. Este fazer diário revela olhares e posturas não só dos pais diante do aprendizado de seus filhos, mas também revela a visão da escola perante os movimentos gerados pelas atividades diferenciadas e pouco conteudistas. Através desta releitura e das reflexões feitas durante meu período de estágio destaco o entendimento que fiz a respeito de “como” e de que “forma” meu aluno quer aprender, destaco as inúmeras possibilidades que pude buscar desde o momento em que não mais deliberei atividades que os direcionassem às respostas de “como, onde e por que” as coisas e fatos acontecem em torno do mundo. Ao propor ações e subsídios para que pudessem produzir diferentes caminhos pude vê-los compondo um entender com significado e autonomia