Relação entre comprometimento organizacional e desempenho no trabalho

Muito se tem pesquisado desde o século XX sobre comprometimento organizacional (CO), no entanto pouco relacionando a ligação entre CO e desempenho no trabalho. A área de psicologia organizacional faz uma busca incessante sobre os antecedentes, correlatos e conseqüentes do comprometimento organizacional. E muito também, pode-se afirmar, tem-se pesquisado sobre a relação entre comprometimento organizacional com muitos comportamentos do empregado. Mowday et al. (1979), por exemplo, afirmam que o CO é um importante construto entre outros determinantes em modelar e pesquisar o comportamento do empregado em organizações. Mottaz (1988) afirma que a popularidade do conceito de CO parece estar relacionada com suas ligações com muitos comportamentos importantes do empregado. Segundo Bastos (1993), o CO pode ser um melhor preditor de vários produtos humanos no contexto de trabalho, a exemplo do turnover, absenteísmo e qualidade do desempenho. Seguindo a linha de pesquisa de Fonseca (2001) que descreve em suas sugestões para futuras pesquisas: “também deveriam ser realizadas pesquisas com um número menor de agências, mas que se pudesse colher dados do ambiente organizacional, através da observação direta dos mesmos. Neste caso, a aplicação de pesquisas qualitativas, medidas de criatividade e desempenho individuais seriam de grande valor”. Assim, o presente estudo busca levantar a possível relação existente entre comprometimento organizacional e desempenho no trabalho nas agências do Banco do Brasil do Setor Varejo da Cidade de Joinville, em Santa Catarina. Para tanto, adota-se como estratégia de pesquisa o estudo de caso único, buscando identificar tal relação. Verificou-se que a média do CO afetivo e do CO instrumental mostrou resultados superiores se onde pode-se dizer que a maioria dos funcionários apresenta ter um vínculo mais caracterizado por um sentimento de pertencer e identificação com os valores do BB, bem como um vínculo pelo cálculo de ganhos e perdas por permanecer como membro da organização. Observou-se também um pequeno aumento no CO da fase meio (de 3 a 8 anos) para fase final (9 anos ou mais). Enquanto que no desempenho no trabalho obtém-se uma ligeira queda da fase meio para a fase final