A nova política no Chile pós-ditatorial: Passividade cidadã ou clientelismo popular? (1990-1996)

In Chile, the governments that followed Pinochet’s military dictatorship have generally been analyzed from a political-institutional perspective and mostly interpreted as a product of “political engineering” carried out by the leaders of the center-left coalition, the political right and the so called poderes fácticos” (de facto powers). This article explores the role of the Chilean citizenry in the configuration of post dictatorship politics. It argues that far from remaining passive or mere observers of the events that were unfolding in the country, citizens expressed demands and concerns that contributed to the re-shaping of Chilean politics. This process began at the local level like the Municipalities, where people saw the clearest access to power. It was there that the “new Chilean politics “, depoliticized and pragmatic, was born and encouraged.En Chile, los gobiernos posteriores a la dictadura militar de Pinochet, han sido evaluados por lo general desde la óptica político-institucional e interpretados preferentemente como producto de la “ingeniería política” ejecutada por los líderes políticos de la gobernante coalición de centroizquierda, la derecha política y los llamados “poderes fácticos”. El presente artículo indaga sobre el papel que la ciudadanía chilena tuvo en la configuración de la política postdictatorial. Lejos de permanecer inactiva o como mera observadora de los acontecimientos que el país vivía, sus demandas y preocupaciones coadyuvaron a reconfigurar la política chilena. Esto se comenzó a reflejar en los órganos de poder local, como los municipios, que se convirtieron en el referente de poder más cercano a la gente. Fue en ellos donde surgió y se fomentó la “nueva política chilena”, despolitizada y pragmática.Os governos posteriores a ditadura militar de Pinochet, no Chile, foram avaliados política e institucionalmente como produtos da “engenharia política” de líderes das coalizões de centro-esquerda, da direita política e dos chamados “poderes factuais”. O presente artigo indaga sobre o papel que a cidadania chilena exerceu na configuração dessa política pós-ditatorial. Consideramos que as demandas e preocupações dos cidadãos, longe de permanecerem inativas ou como meras observadoras dos acontecimentos vividos no país, foram fundamentais para a reconfiguração da política chilena. Esta importância se expressou em órgãos de poder local, como os municípios, que se converteram na instância de poder mais próxima da população. Entendemos que a “nova política chilena”, vista aqui como despolitizada e pragmática, surgiu e foi fomentada a partir dos municípios