The free/open source software movement: Resistance or change?

At a time when private companies are inventing methods of “locking information” and when neo-liberal governments are imposing strict sanctions on those who violate intellectual property rights, the Free/Open Source Software (FOSS) movement has been countering neo-liberalism and general privatization: it defies ownership regulations in a key area of growth in contemporary capitalistic societies, namely, the construction and use of information. At the end of the ‘90s, FOSS seemed to be a disruptive and destabilizing force in terms of intellectual property and neoliberalism, yet as open software, it has evolved into a singular economic phenomenon indicating that commercialization and financial gain can now exist without being based on the notion of ownership. This may not be detrimental to capitalistic logic, but broaden its prospects. By negating the ownership regime imposed on information and putting the historical potential of the “economy of abundance” of the new digital world to good use, is FOSS then laying down a plan for political resistance or showing the way towards a potential transformation of capitalism? Perhaps the new conditions of politics can be found in the heart of economy and in its transition towards an “economy of abundance” in the digital world. Keywords: Copyright; Free information; Community; Free/Open Source Software; Economy of abundanceNum momento em que as empresas privadas estão inventando modos de “bloqueio de informação” e em que governos neo-liberais estão impondo sanções severas para aqueles que violam os direitos de propriedade intelectual, o Movimento de Software Livre/Aberto foi contra o neo-liberalismo e a privatização generalizada: o movimento desafia regulações de propriedade em uma área-chave de crescimento das sociedades capitalistas contemporâneas, a saber, a construção e utilização de informações. No final dos anos 1990, o Movimento de Software Livre/Aberto parecia ser uma força desestabilizadora e perturbadora da propriedade intelectual e do neo-liberalismo, ainda como software aberto, ele se transformou em um fenômeno econômico singular, indicando que a comercialização e ganhos financeiros já podem existir sem que se baseie no conceito de propriedade. Isto pode não ser prejudicial para a lógica capitalista, mas alargar as suas perspectivas. Ao negar o regime de propriedade imposto sobre a informação e ao colocar o potencial da “economia de abundância” do novo mundo digital à disposição da boa utilização, o Movimento de Software Livre/Aberto está desistindo de um plano de resistência política ou mostrando o caminho para uma potencial transformação do capitalismo? Talvez as novas condições da política podem ser encontradas no coração da economia e na sua transição em direção a uma “economia de abundância” no mundo digital. Palavras-chave: Direito de propriedade; Liberdade de informação; Software Livre/Aberto, Economia de abundânci